quarta-feira, 22 de junho de 2016

Estaleiro Enseada será transformado em pólo industrial e logístico para driblar a crise provocada pelo calote da Sete Brasil


         O estaleiro Enseada Indústria Naval, situado na foz do Rio Paraguaçu, está se movimentando para escapar da paralisia resultante do calote da Sete Brasil, empresa criada em 2010 pela Petrobras para gerenciar encomendas de navios-sondas destinados à exploração do pré-sal. Os acionistas do empreendimento - Odebrecht, OAS, UTC e Kawasaki - pretendem transformar o complexo em um polo industrial e logístico para atender a outros segmentos da cadeia produtiva.
         A movimentação neste sentido foi deflagrada com a busca de novos negócios, com foco principalmente nos setores automotivo, petroquímico e de energia eólica. Além da planta gigantesca, onde foram investidos R$ 3 bilhões, a companhia quer aproveitar o potencial do cais de atracação, de padrão internacional e suporte para receber grandes embarcações. Essa é uma vantagem considerável em um estado que perde competitividade no transporte de cargas por causa dos gargalos portuários.
         A operação para reativar o Estaleiro Enseada, que fiou sem o retorno financeiro garantido pela Sete Brasil, recebeu apoio direto do governo baiano. "Não podemos abandonar um investimento dessa magnitude", argumentou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda.
         Contudo, mesmo com a eventual ampliação do leque, a companhia decidiu preservar a indústria naval como ponto forte do negócio.A ideia é estabelecer parcerias com investidores privados. Neste sentido, já estão sendo mantidos contatos com potenciais parceiros.
        

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