segunda-feira, 13 de junho de 2016

Porto de Itajaí tem obras dos berços de atracação paralisadas por falta de pagamento


         As obras dos berços de atracação 3 e 4 do Porto de Itajaí (SC) estão paradas por falta de pagamento. A empreitada é responsabilidade do governo federal e o último repasse à construtora ocorreu em abril, quando foram pagos os valores referentes às medições de julho a setembro do ano passado.
         A construtora Serveng, que venceu a licitação para os trabalhos, ainda tem R$ 8 milhões a receber. Nos últimos meses, a empresa demitiu mais da metade dos funcionários em Itajaí e o trabalho até agora seguia a conta-gotas.
         A obra vai fazer com que, ao invés de quatro berços separados, Itajaí tenha um grande cais de atracação com mais de mil metros de extensão, espaço suficiente para receber os maiores navios cargueiros que atuam na costa brasileira. A empreitada começou em janeiro e tinha prazo de 18 meses para conclusão.
         O superintendente do porto catarinense, Antônio Ayres dos Santos Junior, tem tentado convencer Brasília a liberar pelo menos o suficiente para a conclusão do berço 3, que depende apenas da instalação de defensas para ficar pronto.
         No berço 4 a situação é mais complicada. No decorrer da obra, descobriu-se uma laje no fundo do rio que impede a passagem das estacas. A estrutura foi parar lá quando houve uma queda da estrutura do cais, em 1984. Como o obstáculo não estava previsto no projeto, será necessária alteração contratual.
         Os berços 3 e 4 fazem parte do pacote de arrendamentos do governo federal, que não tem data para ocorrer. Os portos tentam convencer o Ministério dos Transportes a liberar licitações descentralizadas, o que agilizaria os processos. O problema é que, desde que Michel Temer (PMDB) assumiu interinamente a presidência e relocou a SEP para dentro do Ministério dos Transportes, ainda não há um nome oficializado para tratar dos portos no país.

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