terça-feira, 22 de março de 2016

Estaleiros de Itajaí apostam na exportação para enfrentar a recessão econômica do país


         Estaleiros especializados na construção de embarcações de lazer, de Itajaí (SC), estão apostando na exportação para enfrentar a retração econômica no país. O dólar alto facilita as transações e tem aberto novas oportunidades _ em especial no disputado mercado norte-americano.
         A italiana Azimut, que mantém em Itajaí o único estaleiro da marca fora da Europa, acaba de lançar o modelo Verve 40, que tem fabricação exclusiva no Brasil e foco nos Estados Unidos: já nasce com 10 unidades encomendadas para clientes norte-americanos, por preços que partem de US$ 500 mil.
          E não é a única: outras 10 unidades da Azimut 42 pés made in Brasil, que desde que o ano passado já é exportada para a América Latina, também chegarão em breve às águas dos EUA.
         Movimento semelhante ocorre na Fibrafort, que atende pelo título de maior estaleiro da América do Sul em número de embarcações produzidas e comemora a abertura da primeira revenda nos Estados Unidos _ sem perder o foco em outros mercados mundiais.
         A empresa acaba de lançar duas novas lanchas que saem de fábrica direto para destinos na Europa, Austrália e Emirados Árabes. E alinha expansão de mercado no Oriente Médio e na América do Sul.
         O fato é que a valorização do dólar no Brasil faz com que comprar um barco produzido no país torne-se bastante vantajoso para o cliente no exterior, e isso movimenta a economia por aqui também.
         Os grandes barcos saem dos estaleiros a bordo de navios, que parte dos terminais portuários de Itajaí, exigem uma cuidadosa logística e geram divisas. Na ponta do lápis, todo mundo ganha de alguma maneira.
         Davide Breviglieri, CEO da Azimut no Brasil, diz que a crise adiantou os planos de expansão de mercado da empresa _ colocou em prática os projetos para os próximos três anos. A guinada tem afastado dos estaleiros a baixa na movimentação e mantido os empregos em alta apesar da crise.
         Curiosamente, enquanto a economia segue morna o que vende bem no Brasil são os grandes iates, desejados por quem procura embarcações de luxo e pode pagar algumas dezenas de milhões de reais;

       

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