quarta-feira, 23 de março de 2016

Embarques de soja devem crescer 10% e bater novo recorde esse ano no Porto de Rio Grande

         O Porto de Rio Grande vai começar a embarcar volumes que prometem bater novos recordes, entre março e setembro, com a intensificação da colheita da soja gaúcha. A previsão é de 12,7 milhões de toneladas de grão, farelo e óleo sejam escoadas pelo terminal.
         A quantidade deverá ser 10% superior à movimentada no ano passado. "O volume é calculado com base na expectativa de aumento da produção de soja e das exportações, embaladas pela cotação do real em relação ao dólar", explicou o diretor técnico da Superintendência do Porto do Rio Grande, Darci Tartari.
         Mais de 80% da safra de soja chegará a Rio Grande via rodoviária. Na década de 80, quando a produção gaúcha da leguminosa era duas vezes menor, as hidrovias dominavam o transporte no Estado.
         "Na época, mais de 40% da safra era transportada por água. A frota de barcaças era muito maior", recordou Tartari. O grande fluxo de caminhões em direção ao terminal no Sul do Estado resulta da falta de investimentos em hidrovias e ferrovias durante anos e exigirá ações integradas entre a Suprg, Polícia Rodoviária e terminais graneleiros - Bianchini, Bunge e Termasa/Tergrasa.
         A primeira reunião do Plano Safra, que reúne órgãos públicos e empresas do segmento, aconteceu na semana passada. Como nos anos anteriores, todas as cargas terão horários previamente agendados para embarque no porto, sistema adotado para evitar filas e congestionamentos.
         O pico de movimentação deve ocorrer em abril e junho, quando vence grande parte dos contratos externos de venda do grão. Até maio, a estimativa é de que sejam colhidas mais de 16 milhões de toneladas se soja no Rio Grande do Sul.
         O caminho da soja até Rio Grande passa por estradas de chão batido, rodovias esburacadas e mal sinalizadas. A dependência de caminhões para o escoamento da produção agrícola deixa produtores, cooperativas e tradings reféns de um custo logístico elevado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário