sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O ceticismo do mercado em relação ao Programa de Concessões do Governo



        O PIL (Programa de Investimento em Logística), lançado com pompa e circunstância pela presidente Dilma Rousseff, na expectativa de atrair até R$ 198,4 bilhões da iniciativa privada para o setor de infraestrutura em projetos de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias, foi recebido com cautela e desconfiança pelo mercado, passados três meses do seu lançamento, em junho deste ano. 
        O novo pacote nasceu com o objetivo de proporcionar a retomada do crescimento do país e, segundo analistas, é a última cartada do Governo para combater a estagnação econômica, a volta da inflação e a crise política e resgatar o apetite dos investidores. Em resumo, salvar o segundo mandato petista no Palácio do Planalto.
        “Estamos na linha de saída e não na rota de chegada”, afirmou, de forma emblemática, a chefe do executivo. O ministro de Comunicação, Edinho Silva, elevou a proposta à estratosfera. “É o maior plano de investimentos em logística da história do país”, bradou.
       A reação entre os representantes de diversos setores empresariais, por enquanto, não correspondeu ao entusiasmo governamental. O coordenador do Nupei (Núcleo de Pesquisa em Energia e Infraestrutura da Escola de Negócios da PUCRJ), Luiz Eduardo Brandão, com os pés mais no chão, considerou que “o pacote, de forma geral, é positivo, mas chega atrasado, já deveria ter sido proposto muito antes.”
        O professor ponderou que o projeto é uma grande oportunidade. “Estão (o governo) apostando todas as fichas nele e liberando muitas amarras para o mercado investir”, avaliou. O presidente da Anut (Associação Nacional dos Usuários de Transporte de Carga), Luís Baldez, disse que o plano ainda não decolou.
        “Não apareceram até agora, por exemplo, os recursos para colocar em operação as linhas férreas que estão paradas ou implantar novas ferrovias e rodovias”, criticou o dirigente... Leia esta reportagem na íntegra na edição de novembro da Revista MUNDO. 
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