sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Funcionários do Estaleiro Rio Grande param de trabalhar em solidariedade a demitidos


         A crise no polo naval da cidade de Rio Grande chega ao seu pior momento. Cerca de 5.500 funcionários do Estaleiro Ecovix, que estão construindo as plataformas P-69 e P-70 para a Petrobras, pararam de trabalhar por um dia em solidariedade a 280 funcionários que foram demitidos e não receberam as indenizações da empresa. A Ecovix havia acordado com o sindicato de metalúrgico local fazer 270 demissões mensais. Mas não conseguiu pagar as indenizações.
       O problema se agravou com o pagamento da quinzena salarial vencida na quarta-feira e também não quitada. Os funcionários do estaleiro chegaram a fechar a rodovia. A Policia Rodoviária esteve no local e conseguiu reabri-la horas depois. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande, Benito Gonçalves, acredita que o momento é extremamente delicado e ameaça com novas paralisações.
         “ O Estaleiro EBR vai receber a P-74 para fazer a integração dos módulos que está fazendo aqui em São José do Norte. Depois disso, só vai haver demissões. Não há mais negócios. Sabemos que a Petrobras está enviado obras que poderiam ser realizadas aqui para a China. Aqui só nos deixa desemprego. O cronômetro do fim do nosso polo naval está ligado e andando rápido”, acusa Gonçalves.
       A cidade também está enfrentando outro problema com o Estaleiro QGI que continua parado. As informações da Petrobras, conforme o sindicalista, seguem confusas e acabam gerando insatisfações por toda parte.
      Nos primeiros dias de julho, a estatal decidiu manter a construção das Plataformas P-75 e P-77 no Brasil, no Estaleiro QGI. A decisão atenedeu ao que toda cidade de Rio Grande, sede do estaleiro, esperava depois de muita pressão de trabalhadores e até mesmo do prefeito, que esteve no Rio de Janeiro, na sede da Petrobras, em reunião com o diretor de engenharia e serviços, Roberto Moro.
     Passados três meses, mesmo depois de assinado um protocolo de entendimento, nada mudou. E tudo que foi prometido, não foi cumprido. O contrato ainda está sem assinar e a cidade experimentando dias de incertezas, sem que o contrato ainda esteja resolvido. O estaleiro está parado a espera de chegar tempos melhores.ecovi.

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