quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Exportação de carne bovina de Rondônia é escoada pelo porto de Belém

         O Estado de Rondônia exportou 18 contêineres de carne bovina e 14 de teca (madeira de reflorestamento de origem asiática) para a Europa, pelo porto de Belém (PA). A economia ficou tanto em distância quanto em valor de frete com relação aos portos de Manaus (AM) e Paranaguá (PR), rotas usadas até o momento. Os destinos finais são os portos de Rotterdam e Tiel na Holanda.
         Numa parceria do governo de Rondônia com os Frigoríficos Friboi, Minerva, Tangará e JBS de Rondônia e as empresas de transporte Atlântica Matapi de Belém e CMA CGM da França, está sendo experimentada pela primeira vez a rota porto fluvial de Porto Velho, porto fluvial e marítimo de Belém, até os portos marítimos da Holanda.
        O trecho fluvial, entre Porto Velho e Belém, fica a cargo da empresa Atlântica Matapi que fará o transbordo no dia 28 de outubro para o maior navio de carga do mundo, CMA CGM Jules Verne (com capacidade para 18 mil contêineres de seis metros de comprimento). Ele fará o trecho marítimo, via Oceano Atlântico, até os portos de Rotterdam e Tiel, conforme o diretor comercial da empresa francesa no Brasil, Márcio Assis.
        Em comparação com a rota via Porto de Paranaguá, quando o exportador somente pode faturar a mercadoria 70 dias depois de enviada, via Porto de Belém, agora o faturamento pode ser feito em 30 dias, segundo Carlos Pinto, diretor comercial da Atlântica Matapi.
       O executivo Dário Lopes, da BDX Florestas, especializada em comercialização de teca explicou que a adaptação da teca em Rondônia é surpreendente, com rendimento superior a 25% a qualquer outro lugar do planeta, e com menos de 15 anos já atinge a maturidade e pode ser comercializada.
Toras de teca que abastecerão os mercados da Europa e Ásia.
        A BDX Florestas já comercializa a teca desde 2013, ano em que exportou 35 contêineres, contendo 600 m³ (metros cúbicos). Em 2014 a exportação aumentou para mais de 1.090 contêineres, contendo 19.100 m³, gerando uma renda líquida de U$ 9.2 milhões (R$ 27,6 milhões em câmbio da época) para o estado.
         “Desde o início tivemos a ajuda da Seagri [Secretaria de Estado da Agricultura] nos trâmites legais.     Este ano a previsão de envio para o exterior é de ao menos 2.600 contêineres, contendo 45.000 m³, mais do que dobrando o volume exportado e a arrecadação para Rondônia”, afirmou Dário Lopes.

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