segunda-feira, 2 de abril de 2018

MSC retira pedido de construção de novo terminal de contêineres em Montevidéu

         A MSC (Mediterranean Shipping Company) desistiu da reivindicação apresentada à ANP (Administración Nacional de Puertos de Uruguay) para construir um novo terminal de contêineres no Porto de Montevidéu. A informação foi divulgada na edição deste domingo do jornal El País, da capital uruguaia. A decisão foi tomada na semana passada, causando um desconforto entre as autoridades, que ainda não sabem o motivo.
           No começo deste ano, havia sido divulgado o interesse da MSC em ter um recinto próprio no principal complexo portuário do Uruguai. Na mesma época, a Katoen-Natie, dona do único terminal especializado em contêineres no porto, por meio de uma participação de 80% no TCP (Terminal Cuenca del Plata) havia denunciado  que o pedido do armador europeu visava a forçar a venda do seu negócio portuário no Uruguai, anunciada no ano passado e suspensa até a ANP examinar o processo.
           "A iniciativa que levou a MSC a solicitar a instalação de um novo terminal de contêineres e a decisão das autoridades marítimas de iniciar o processo previsto em lei, gerou uma situação de incerteza que impede o avanço correto desse processo de venda", esclareceu, em comunicado, a ANP. A autoridade portuária havia formado uma comissão técnica que teria 90 dias para avaliar a proposta apresentada pela companhia de navegação e gerar um informe para a diretoria do órgão decida sobre sua viabilidade, o que agora tornou-se desnecessário.
          Na semana passada, o El País havia publicado matéria sobre conversações no setor portuário sobre a conveniência de um novo terminal. Havia posições antagônicas entre operadores que defendiam a necessidade das novas instalações em virtude de problemas com cargas originárias do Paraguai no final de 2017, e outros que entendiam que não era preciso porque o terminal está operando com 40% da sua capacidade. Estudo realizado pela consultoria CPA Ferrere, apresentado no final do ano passado, havia concluído que as perspectivas de movimentação de cargas não justificariam um segundo terminal de contêineres.     

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