sexta-feira, 13 de abril de 2018

Portos do Arco Norte escoarão 50% da soja de Mato Grosso dentro de cinco anos

       Mudanças na estrutura logística de escoamento da safra de grãos no Norte do Brasil e o aumento da produção em regiões antes dominadas pela pecuária em Mato Grosso, como o chamado Vale do Araguaia, vão deslocar cada vez mais a exportação da soja produzida no Estado para os portos de Vila do Conde (Barcarena-PA), Manaus (AM), Santarém (PA) e São Luiz (MA).
       Das 18 milhões de toneladas de soja exportadas pelo Estado no ano passado, esses portos foram responsáveis por nada menos que 42,6% dos embarques, enquanto que o Porto de Santos exportou 46,7% da soja mato-grossense. Em 2013, o chamado Arco Norte tinha participação de 13% no comércio exterior do produto.
       “Haverá uma competição ainda maior com Santos, com o envio de carga pelo Arco-Norte. Só Barcarena pode ser 40% da exportação de milho e soja.”, afirma Daniel Latorraca Ferreira, superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
       Em cinco anos, Ferreira espera que o Arco Norte chegue a 50% das exportações. O Porto de Paranaguá, no ano passado, exportou apenas 3,5%. “Só não zerou porque vai soja para voltar fertilizante, muito usado pelas misturadoras no Estado.”
       A entrada em operação do porto de Miritituba (PA), em 2014, reduziu os custos para o escoamento da safra da região do médio norte de Mato Grosso, especialmente na região de Lucas do Rio Verde, uma das principais produtoras, responsável por 34% da colheita da soja no Estado.
       Partindo da cidade de Mato Grosso, barcaças levam a soja pelo rio Tapajós até o Porto de Vila do Conde, igualmente conhecido como Barcarena, Mas, o percurso enfrentar obstáculos. Para chegar a Miritituba, os caminhões trafegam pela BR-163, com 90 quilômetros de estrada de terra que quando chove forma grandes atoleiros.

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