Em mais um dia de volatilidade no mercado doméstico e externo, a
moeda norte-americana voltou a subir e fechou acima da barreira de R$
3,50. O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (30) vendido a R$
3,504, com alta de R$ 0,041 (1,2%). A cotação está no maior nível desde 3
de junho de 2016, quando tinha fechado em R$ 3,525.
O dólar voltou a subir depois de duas sessões de queda. Hoje, operou
com valorização durante todo o dia, chegando a R$ 3,507 por volta das
16h30. A divisa encerrou abril com valorização de 6,16%, a maior desde
novembro de 2016, quando Donald Trump venceu as eleições presidenciais
nos Estados Unidos.
O dia também foi de tensão no mercado de ações. O índice Ibovespa, da
Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou a segunda-feira (30) com recuo
de 0,38%, aos 86.116 pontos. Foi a primeira queda em duas sessões. O
indicador, no entanto, acumulou valorização de 0,88% no mês.
O recuo do Ibovespa hoje só não foi maior porque as ações da
Petrobras, as mais negociadas, subiram 0,45% (papéis ordinários, com
direito a voto em assembleia de acionistas) e 1,14% (preferenciais, com
preferência na distribuição de dividendos).
Além das incertezas políticas no Brasil, o mercado foi influenciado
pelo cenário internacional. Na quarta-feira (2), o Federal Reserve
(Fed), Banco Central norte-americano, se reunirá para definir os juros
da maior economia do planeta. Nas últimas semanas, indicações de que a
inflação nos Estados Unidos pode ser maior que o previsto, aumentaram a
demanda por títulos do Tesouro norte-americano, considerados o
investimento mais seguro do mundo.
O fato de a inflação da maior economia do planeta estar em alta
aumenta as possibilidades de que o Fed eleve os juros além do previsto
até o fim do ano. Taxas mais altas em economias avançadas atraem os
investidores internacionais, que retiram o dinheiro de países
emergentes, como o Brasil, pressionando para cima a cotação do dólar.
O diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo
(Codesp), José Alex Oliva, foi multado em R$ 29,9 mil pelo Tribunal de
Contas da União (TCU). O motivo foi a não apresentação de informações
sobre a contratação, sem licitação, de um escritório para defender a
estatal na arbitragem sobre a dívida do Grupo Libra.
Pelos cálculos do
Governo, o débito da arrendatária supera a marca de R$ 2 bilhões. Já os
custos com a defesa giram em torno de R$ 200 milhões. O Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá
é responsável por definir os valores a serem pagos pela Libra, cuja
dívida se arrasta desde 1998. A previsão é de que o processo seja
concluído em setembro do ano que vem.
A sentença arbitral tem o mesmo efeito da convencional, mas o
processo é considerado mais rápido por levar até dois anos. Embora tenha
sido autorizado pela extinta Secretaria de Portos (absorvida pelo
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil), em 2015, o processo
só foi iniciado dois anos depois.
O Polo Naval do Complexo Industrial Portuário de Suape, entregou mais
um navio construído em Pernambuco. O governador Paulo Câmara e o
presidente de Suape, Marcos Baptista, estiveram neste fim de semana no Estaleiro Vard Promar para participar da cerimônia
de entrega do navio Skandi Recife, a embarcação de maior valor agregado
já construída no Brasil com alta tecnologia e que foi construída pelos
1.100 trabalhadores pernambucanos do estaleiro.
O navio, do tipo PLSV (Pipe Laying Support Vessel), recebeu R$ 1 bilhão em investimentos. A embarcação é dotada de tecnologia de ponta e alta
precisão, além de um sistema de funcionamento dinâmico que a deixa
parada no mar mesmo com incidência de correntes e ventos. A embarcação ainda conta com uma torre com capacidade para 340 toneladas de lançamento de
linhas flexíveis que conectam os poços às linhas de produção de
petróleo. O Skandi Recife é o primeiro navio deste tipo produzido pelo
Vard Promar.
Com 140 metros de comprimento e 28 de largura, o Skandi Recife foi
entregue à empresa Dofcon Navegação que vai conceder o navio à Petrobras
por oito anos. A entrega foi comemorada pelo vice-presidente sênior do
Brasil do Grupo Vard, Guilherme Coelho. Orgulhoso, o executivo disse que
nenhum lugar do Brasil é capaz de fazer o navio que os trabalhadores do
Vard concluíram.
Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Peru, Martín Vizcarra,
demonstraram preocupação com a situação atual da União das Nações
Sul-americanas (Unasul). Nesta sábado (28), Morales e Vizcarra encarregaram
seus chanceleres de buscar consenso no grupo para eleição do novo
secretário-Geral. O bloco vive um momento delicado desde a saída temporária de Brasil, Argentina, Paraguai, Colômbia, Chile e Peru.
Vizcarra disse que o encontro com Morales serviu para pedir um
esforço das chancelarias de Peru e Bolívia para encontrar “uma solução
ao problema atual do grupo”. Já Morales afirmou acreditar em um
consenso. “É uma responsabilidade de nos manter integrados […] Vamos
chegar a um acordo, tenho a esperança”. A Bolívia ocupa a presidência
pró-tempore da Unasul.
A escolha do novo secretário-geral da Unasul está suspensa desde
janeiro de 2017 e foi esse o motivo da saída dos cinco países.
Venezuela, Bolívia, Suriname e Equador vetaram o nome do embaixador José
Octávio Bordón, candidato argentino ao posto. Desde então, não houve
avanços nas negociações por um nome de consenso.
“O que nós fizemos foi um apelo para que possamos superar os impasses
que levaram à paralisia da Unasul. Há mais de ano estamos sem
secretário-geral. É um desperdício de oportunidades de integração. Um
desperdício de dinheiro, porque são muitos funcionários e é um prédio
magnífico. Mas não está sendo utilizado”, disse o chanceler do Brasil, Aloysio Nunes, em um evento, na última terça-feira (24). A Unasul foi criada em 2008 com o objetivo de fortalecer as relações comerciais, culturais, políticas e sociais da região. (imagens do centro financeiro de Lima, capital do Peru)
A Alphaliner divulgou estudo mostrando que está ocorrendo uma redução significativa na taxa de desmantelamento de navios porta-contêineres. Atribuiu o fenômeno a recuperação, ainda incipiente, do mercado charter global, mantendo as embarcações afastadas dos desmanches. Entretanto, a mesma análise revelou que as tarifas de frete se movem em direção oposta, com uma diminuição da demanda que pode ameaçar o delicado equilíbrio desse segmento da navegação.
Em resumo, o levantamento mostrou que a atividade de desmantelamento de navios porta-contêineres que vinha em um ritmo frenético até 2016, desde então começou a desacelerar e somente doze navios foram vendidos para ser reciclados. A Alphaliner ajustou sua estimativa de desmantelamento para este ano a apenas 200 mil teus, número que pode ficar ainda mais baixo, se houver uma melhora no comércio.
A capacidade projetada para ser descartada em 2018 se posiciona entre 100 mil e 200 mi teus, bem abaixo dos 413 mil teus descartados em 2017 e bem menos que o número recorde de 654 mil teus, atingidos em 2016. A estimativa é de que uma nova redução na taxa de desmanche de navios poderá fazer com que o volume de embarcações desmanteladas este ano seja a mais baixa desde 20111.
Com mais de um milhão de teus de capacidade de porta-contêineres em lista para ser entregues entre abril e dezembro deste ano, a redução da taxa de desmanche impulsionou as estimativas de crescimento da capacidade para todo o ano até 6%. A expectativa é de que o total de unidades da frota global alcance 22,37 milhões de teus até o fim do ano, em comparação com os 21,10 milhões de teus no início de 2018.
A capacidade geral de porta-contêineres inativos, no entanto, se reduziu expressivamente desde um máximo histórico de 1,6 milhões de teus em outubro de 2016 a 340 mil teus hoje. O mercado segue em condições delicadas para suportar qualquer diminuição da demanda que ameaçaria interromper a frágil recuperação dos mercados de charter de porta-contêineres, e inclusive as tarifas de carga começaram a sentir a pressão do excesso de oferta.
O mercado global registrou nesta terça-feira (24)
uma das maiores transações de compra e venda do ano. O negócio de mais
de R$ 3,4 bilhões envolve uma empresa que nasceu em Joinville, no Norte
catarinense, a Embraco, vendida para um grupo japonês que passa a ser
dono de todas as fábricas no Brasil, China, Eslováquia e México e dos
escritórios nos Estados Unidos e na Rússia, como mostrou o NSC Notícias.
A negociação durou meses e foi fechada nessa madrugada. Mas a Embraco
não era mais brasileira. Ela foi fundada em 1971 em Joinville, mas em
1997 foi vendida para o grupo Whirpool, que é americano, e também tem
fábrica na cidade e produz eletrodomésticos.
A Embraco é líder mundial em compressores pra refrigeradores. Um
compressor é como se fosse o coração de um sistema de refrigeração,
altera a temperatura do equipamento. Entre as principais aplicações
estão as geladeiras.
A empresa pode produzir até 40 milhões de compressores por ano e tem
11 mil funcionários pelo mundo, sendo que quase a metade fica no Brasil.
São cinco mil funcionários nas unidades de Joinville e Itaiópolis,
também no Norte.
Para a Associação Empresarial de Joinville (Acij), a venda da Embraco
é uma mudança de controle acionário, em princípio sem causar grandes
mudanças. "Como muda o controlador, com o tempo ele vai implantar sua cultura, sua
forma de agir, de pensar. Mas não existe uma outra planta da Embraco
onde o comprador pudesse fazer sinergia, cortando custas e demitindo
pessoas, e tal", disse João Martinelli, vice-presidente da Acij.
Para o sindicato que representa os funcionários, a expectativa é
positiva. A categoria acredita em expansão de produção, com mais
contratações. No ano passado, a Embraco exportou pra mais de 80 países e
atingiu um consolidado de vendas de US$ 1,3 bilhão.
A empresa que comprou é a japonesa Nidec, que produz principalmente
motores e tem investido mais no mercado de eletrodomésticos. Para a
venda da Embraco ser consolidada ainda é preciso a sanção de autoridades
regulatórias brasileiras e de outros países. A expectativa é que a
transação leve um ano pra ser concluída.
A Allog International Transport – empresa especializada em
transportes internacionais – acaba de lançar um programa exclusivo de logística
integrada para atender o Estado de São Paulo. Além dos serviços marítimos
(full contêiner e LCL), aéreo (back to back e consolidadas), cargas projetos,
cargas em granel líquido, rodoviário internacional e seguro de cargas, também passa a oferecer armazenagem e despacho aduaneiro em uma solução
de transporte integrado.
O objetivo do novo serviço lançado para atender o Estado de São
Paulo é contribuir com a competitividade e aprimoramento do mercado logístico
nacional. “Queremos gerar impactos positivos em toda a cadeia logística”,
enfatiza Anderson Venancio, vice presidente da Allog. Ele explica que, ao reunir
todos os serviços em um pacote completo, as operações são simplificadas e
ajudam as empresas a serem mais eficientes.
O serviço consiste na integração dos processos a partir de um
sistema inteligente capaz de monitorar o fluxo das etapas do transporte e
gerenciar as atividades. Com o serviço, a Allog pretende também coordenar a
logística completa e agilizar processos dentro dos melhores custos, seja
qual for a origem ou destino da mercadoria e o meio de transporte utilizado:
aéreo, rodoviário ou marítimo.
A movimentação de contêineres no Porto
do Rio Grande, nos primeiros três meses de 2018, teve significativo aumento em
comparação ao mesmo período do ano passado. A informação foi dada pela Suprg (Superintendência do Porto do Rio Grande) nesta sexta-feira, 27.
No
primeiro trimestre deste ano já passaram pelo Porto, 172.327 teus. O volume
representou um aumento de 3,5% em relação ao mesmo período no ano passado quando
foram registrados 166.498 teus.
A
movimentação geral desse tipo de carga no ano passado ficou em 743.478 teus e
teve a Espanha como país de destino com maior volume de exportação com 30.587. Na importação, a Argentina liderou as operações, alcançando a marca
de 133.112 teus.
A Ecovix conseguiu avançar um degrau no tortuoso caminho para tentar
aprovar seu plano de recuperação. Na tarde desta quinta-feira (26), o
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), na 6ª Vara Cível,
liberou a realização de assembleia geral de credores da dona do
Estaleiro Rio Grande, localizado no polo naval da Região Sul.
Ainda sem data marcada, a nova etapa será necessária para a
apresentação do projeto de negociação da dívida de cerca de R$ 7,6
bilhões da empresa. Na reunião, os credores poderão votar a favor ou
contra o plano.
"A decisão da Justiça foi razoável. A Ecovix quer votar o plano o
quanto antes. Mas a definição da nova data ainda depende da juíza de
primeira instância de Rio Grande", declarou o advogado da Ecovix,
Rodrigo Tellechea.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai
desembolsar, no início de agosto, R$ 148 bilhões para o governo federal,
sendo R$ 130 bilhões para o Tesouro Nacional e o restante para o Fundo
de Amparo do Trabalhador (FAT), que apresenta um déficit de R$ 18
bilhões. A informação foi dada pelo presidente do BNDES, Dyogo Oliveira,
em entrevista coletiva em Buenos Aires, onde participou da Conferencia
sobre Infraestrutura para o Desenvolvimento da América Latina.
Oliveira disse que o banco está finalizando, com o Ministério da
Segurança, um edital para definir os termos pelos quais serão liberados
R$ 42 bilhões, nos próximos cinco anos, para a segurança dos estados e
municípios. Para este ano, está prevista a liberação de R$ 5 bilhões.
Presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, disse que repassará R$ 148 bi ao Tesouro (Arquivo/Agência Brasil)
Para receberem os recursos, estados e municípios terão que demonstrar
condições de pagar a dívida que contraírem. Eles podem usar, como
garantia, o Fundo de Participação dos Estados (FPE) – que são recursos
repassados pelo governo federal aos governos estaduais.
Durante o evento em Buenos Aires, promovido pela CAF (como é chamado o
Banco de Desenvolvimento para a América Latina, com sede na Venezuela),
Oliveira falou sobre a nova postura do BNDES que, depois dos escândalos
de corrupção no Brasil, adotou medidas para aumentar a transparência e
garantir a viabilidade de projetos de infraestrutura.
Agora, o BNDES publica a totalidade dos projetos nos quais está
envolvido na sua página, algo que, segundo Oliveira, “nenhum outro banco
do mundo faz”. A medida, disse, é para demonstrar à sociedade
brasileira que “diante de tudo que aconteceu no Brasil” o BNDES “tem uma
qualidade ética elevada, o que não é pouca coisa”.
Oliveira ressaltou que “nenhum funcionário do BNDES foi acusado de
envolvimento” nos escândalos de corrupção. O banco, disse, foi envolvido
indiretamente porque algumas empresas, financiadas pela instituição,
são acusadas de pagarem propinas. Ele lembrou que a função do BNDES não é
fiscalizar a forma como uma empreiteira ganhou uma licitação, mas que
faz uma avaliação de risco de investimento na obra.
“O que estamos fazendo é trabalhar muito a imagem do BNDES,
divulgando o que estamos fazendo às empresas e aos governos
estrangeiros, e dizendo que continuamos aí, interessados em investir no
desenvolvimento e para ajudar as exportações brasileiras”, disse
Oliveira.
O presidente do BNDES disse que vai focar mais em estudos da
viabilidade técnica, financeira e jurídica de projetos de integração
física regional, como a segunda ponte sobre o Rio Jaguarão, na fronteira
entre o Brasil e o Uruguai. Ele lembrou que existem muitos projetos
para integrar a América Latina, mas apenas metade saiu do papel. De acordo com Oliveira, uma das formas de viabilizar esses financiamentos é a Parceria Público Privada (PPP).
O Porto de Santos, no litoral do Estado de São Paulo, movimentou apenas 6,6% dos bois vivos exportados no
país em 2017, uma prática recente de comércio voltada a países
muçulmanos. Foi feito um único embarque desse tipo neste ano, e outro no
ano passado. Antes disso, o complexo santista não recebia carregamentos assim havia
duas décadas.
Já o terminal de Barcarena, no Pará, escou 267 mil bois vivos em
navios no ano passado, o que representou 65,7% do total do país. Em segundo
lugar ficou o Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e em terceiro, São Sebastião, igualmente no litoral paulista.
Na quarta-feira (25), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal
Federal (STF), deu uma decisão liminar (provisória) contra a lei
municipal que proíbe o embarque de cargas vivas no Porto de Santos. O ministro argumentou que não cabe ao município legislar sobre exportações.
O Porto Brasil Sul (PBS), a ser instalado na região
da Ponta do Sumidouro, município de São Francisco do Sul (Norte de SC),
foi apresentado nesta semana para o ministro dos Transportes,
Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro Silveira. O ministro conheceu o projeto acompanhado do senador catarinense Paulo
Bauer e destacou a importância do Porto Brasil Sul para o
desenvolvimento logístico do País. “O governo federal tem interesse em
incentivar investimentos desta natureza, que geram emprego e renda à
população local e a todo o Brasil”, disse.
“O Porto Brasil Sul é um projeto maduro, que entra em uma nova fase,
impulsionado pelo interesse do mercado em projetos robustos de
infraestrutura que farão a diferença no Brasil da próxima década”, avaliou Marcus Barbosa, diretor-presidente do Porto. Renato Pavan, diretor técnico do Porto, lembrou ao ministro a excelente
localização do terminal e com calado médio de 20 metros. “É uma das
melhores regiões do País para a instalação de um moderno porto de águas
profundas”, destacou.
O empreendimento solucionará o gargalo logístico das regiões Sul e
Sudeste, tornando-as ainda mais competitivas nos mercados interno e
externo. O PBS será o maior porto da região Sul e o quinto maior
multicargas do País, dispondo de sete terminais e oito berços de
atracação, com movimentação projetada 20 milhões de toneladas/ano. A
previsão é que quando estiver totalmente em operação gere 3 mil empregos
diretos.
O projeto foi desenvolvido como um Hub Port – porto concentrador de
cargas e de linhas de navegação – do Mercosul, com capacidade para
receber, em médio prazo e após as obras de adequação do canal de acesso,
os navios da classe Post Panamax, as maiores embarcações de carga do
mundo, com até 18 mil TEUs e 220 mil toneladas.
Mais cedo, o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários,
Mário Povias, também conheceu o projeto e indicou que está em linha “com
os planos do governo federal para o setor de infraestrutura portuária”. O senador Paulo Bauer comentou que Santa Catarina comporta mais um
porto, como o Porto Brasil Sul. “Investimentos como este merecem apoio
em todos os níveis governamentais”, indicou.
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge,
disse nesta quinta-feira (26) em reunião com empresários do Conselho Superior do
Movimento Brasil Competitivo (MBC), em São Paulo, que vai finalizar a
última etapa do Portal Único de Comércio Exterior. Segundo o ministro, o
portal vai beneficiar importadores e exportadores.
"A iniciativa beneficia o exportador e o importador, uma vez que
dispensa o uso de papel, reduz a burocracia e simplifica enormemente a
vida do empresário. O Portal Único de Comércio Exterior reduz tempo e
custo nas operações de exportação e importação”, disse Marcos Jorge.
A entidade, que completa 18 anos, apresentou aos conselheiros o
balanço das ações realizadas em 2017 e os pilares que vão orientar a
atuação em 2018: desburocratização, economia digital e governança e
gestão. Segundo Marcos Jorge, o aumento da competitividade da indústria
brasileira é condição primordial para o avanço do Brasil na economia
global.
O ministro lembrou que, no atual estágio de implantação,
o portal já beneficia, diretamente, 5 milhões de operações de
exportação por ano de mais de 255 mil empresas. Desde 2016, o ministério
adota medidas de simplificação administrativa. Marcos Jorge citou ações
específicas para os micro e pequenos negócios, com o retorno da
Secretaria Especial de Micro e Pequena Empresa na estrutura do
ministério.
Em março, o ministério, em parceria com a Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial (ABDI), lançou a Estratégia Nacional para a
Indústria 4.0. “Temos um enorme desafio à frente. Estamos prestes a
adentrar na quarta Revolução Industrial e nosso país tem de estar
preparado para as mudanças que se impõem”, disse.
A partir do dia 2 de julho, exportadores de todo o país deverão
migrar completamente suas operações para o Novo Processo de Exportações
do Portal Único de Comércio Exterior. A partir dessa data, serão
interrompidos os novos registros nos módulos Novoex, DE-Hod e DE Web,
sistemas atualmente utilizados para a realização de exportações.
Entretanto, esses módulos permanecerão disponíveis para consultas e
retificações dos registros previamente efetuados.
A Baltic Exchange modernizou o Código de Conduta destinado aos armadores, charteadores e agentes de navegação que operam transporte marítimo de carga e nos mercados derivados. A informação foi divulgada pelo organismo nesta quinta-feira, 26. A revisão foi coordenada pelo escritório de advogados Norton Rose Fulbright, sob supervisão do Baltic Exchange e o Baltic Membership Council.
O trabalho resultou no Novo Código Báltico, que reuniu um conjunto de princípios e práticas comerciais que serão aplicáveis não apenas em relação aos membros do Baltic Exchange, como também ao mercado e geral. Com essa medida se busca definir a competência equitativa na luta contra o suborno e a corrupção, entre outros problemas.
Ao explicar porque o BE atualizou seu código e as novas disposições adotadas, na Semana Marítima de Singapura, o chefe executivo do órgão, Mark Jackson, afirmou que "os tempos mudaram e os integrantes do Baltic Exchange estão operando em um entorno com um enfoque maior que nunca em sua abrangência." Explicou ainda que não se pode esperar um escrutínio político e regulatório que decorra dos mercados de commodities desde a crise financeira mundial de 2007/2009.
"Queremos, com este novo código, preservar a confiança e a integridade dos mercados de transporte marítimo de carga e seus derivados, eliminar as práticas inadequadas, aumentar a confiança de todo o mercado e atrair negócios com os membros do Baltic Exchange.
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) autorizou hoje (25), por
unanimidade, o início de estudos para abertura de contencioso na
Organização Mundial do Comércio (OMC) contestando barreiras impostas
pela União Europeia (UE) à carne de frango brasileira. A proposta foi
encaminhada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
depois que o bloco econômico europeu declarou embargo às exportações
alegando a presença de salmonella no produto. Na semana passada, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (foto), já havia anunciado a intenção de instalar painel na OMC para analisar as barreiras impostas pela UE à importação de frango do Brasil.
A UE anunciou que vai descredenciar 20 plantas exportadoras
da lista de empresas brasileiras autorizadas a vender carne de frango e
outros produtos para os 28 países que compõem o bloco. Ao todo,
unidades de nove empresas serão afetadas, diz a Associação Brasileira de
Proteína Animal (ABPA). "A comunidade europeia argumenta com uma questão sanitária, mas, se os
frigoríficos brasileiros pagarem uma tarifa de 1.024 euros por tonelada e
mandarem tudo como carne in natura, o produto entra na UE sem
problemas sanitários”, informou, por meio de nota, o ministro. “Então
não é uma questão de saúde. E é isso que nós vamos reclamar na OMC”,
disse Maggi.
De acordo com o Ministério da Agricultura,pagando a tarifa extra-cota, as exigências sanitárias quanto à salmonella são reduzidas de 2,6 mil tipos da bactéria para dois. Maggi encontrou-se antes da reunião da Camex com os ministros das
Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e da Indústria, Comércio Exterior e
Serviços, Marcos Jorge, para esclarecer os problemas enfrentados com a
UE e definir uma estratégia conjunta na OMC.
Segundo a pasta, a UE impõe critérios microbiológicos diferentes para detecção e controle de salmonella para carnes de aves in natura sem sal e carnes de aves in natura com sal. O critério aplicado à carne de aves sem sal restringe-se à detecção de dois tipos de bactéria (S. Enteritidis e S. Typhimurium). Nas carnes de aves salgada e temperada (cruas), o critério é a detecção de Salmonella spp
(qualquer um dos cerca de 2,6 mil tipos da bactéria).
"Em função da
semelhança existente entre os dois produtos de carne de aves (não
submetidas a nenhum processo de preservação além do resfriamento ou o
congelamento), o Ministério da Agricultura entende que a adoção de
critérios tão distintos constitui barreira sanitária às importações e à
comercialização, sobretudo em virtude da falta de comprovação ou
evidência científica que sustente o tratamento diferenciado.”
A Camex é integrada pelos ministros da Casa Civil da Presidência da
República, que o preside; da Indústria, Comércio Exterior e Serviços;
das Relações Exteriores; da Fazenda; dos Transportes, Portos e Aviação
Civil; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão; e da Secretaria-Geral da Presidência.
A decisão da União Europeia deu-se após a terceira etapa da Operação
Carne Fraca, realizada no ano passado pela Polícia Federal para
investigar denúncias de fraudes cometidas por empresários e fiscais
agropecuários federais. A Operação Trapaça, deflagrada em 5 de março,
teve como alvo a BRF, dona da Sadia e Perdigão. O grupo é investigado
por fraudar resultados de análises laboratoriais relacionados à
contaminação pela bactéria Salmonella pullorum.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin suspendeu na tarde desta quarta-feira (25) a Lei Complementar 996/2018, do município de Santos (SP), que proibiu o tráfego de veículos de transporte de carga viva pelas ruas da cidade.
A decisão do ministro foi motivada por uma ação da Confederação
Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que questionou a
constitucionalidade da norma, aprovada pelo Legislativo local, após o
embarque de 25 mil cabeças de gado para a Turquia, em fevereiro, no
Porto de Santos. A CNA alegou que a norma inviabilizou as exportações e
invadiu competência da União para legislar sobre o tema.
Fachin entendeu que a lei impôs “restrição desproporcional” aos
empresários do agronegócio ao impedir o trânsito de carga viva. Para o
ministro, a legislação federal já estabelece normas sobre o transporte e
a proteção dos animais.
“Como se depreende, o município, ao inviabilizar o transporte de gado
vivo na área urbana e de expansão urbana de seu território, transgrediu
a competência da União, que já estabeleceu, à exaustão, diretrizes para
a política agropecuária, o que inclui o transporte de animais vivos e a
sua fiscalização”, afirmou.
Na ação, a CNA explicou que a maior parte da exportação de gado vivo
pelo Porto de Santos é destinada para países muçulmanos, onde o corte da
carne é diferente por razões religiosas.
Por outro lado, entidades de proteção animal, como o Fórum Nacional
de Proteção e Defesa do Animal e outras ONGs, questionaram o transporte e
alegaram que a empresa responsável pelo frete não estava cumprindo a
regulamentação nacional. Entre as irregularidades, estariam o espaço
menor que o recomendado entre um animal e outro, a imersão dos animais
em fezes e urina e o racionamento de alimentos e água.
A dragagem no Porto do
Mucuripe (CE), cuja obra é esperada desde a Copa do Mundo de 2014, deve ser iniciada em maio e ser concluída em novembro deste ano. A informação foi revelada pelo presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima e dos
Operadores Portuários do Ceará (Sindace) e consultor na área de petróleo
e gás, Bruno Iughetti.
A obra de dragagem é necessária para ampliar a profundidade do calado
(fundura máxima atingida por navios quando cheios). Com isso, grandes embarcações poderão atracar no terminal, sem que turistas sejam
transferidos para desembarque em veículos menores.
"Tudo indica que
devemos iniciar a dragagem em maio e vamos urgenciar a realização da
dragagem do berço de atracação do Terminal Multiuso (passageiros) que
alavancará o turismo de cruzeiros marítimos no Estado", adiantou Iughetti.
O presidente da Companhia Docas do Ceará, César Pinheiro, garantiu que a Jan de Nul, empresa responsável pela dragagem, executará os serviços dentro do prazo estabelecido. "O contrato firmado terá o seu cronograma cumprido rigorosamente", garantiu o executivo.
As exportações de soja do Paraguai, no terceiro mês do ano, atingiram 1,56 milhões de toneladas em estado natural e industrializada, volume que representou um recorde mensal nos últimos dez anos. O resultado foi divulgado pela Cámara Paraguaya de Procesadores de Oleaginoas y Cereales (Cappro), segundo o jornal La Nación.
Esse grande ritmo comercial potencializa a cifra das exportações acumuladas do ano, já que ao fechar o primeiro trimestre o volume embarcado somou 2,95 milhões de toneladas de soja e produtos industrializados. Os números são ainda mais significativos porque em fevereiro houve queda de 20% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O ingresso acumulado de divisas até o fechamento do mês de março gerado pela soja e seus derivados chegou a US$ 1.088 milhões. Esse valor representou 47% to total das exportações do país no período. Mesmo assim, em todo o trimestre, aconteceu uma contração de 6% na comparação com o primeiro trimestre de 2017.
Após um 2017 de estabilidade nas exportações de tabaco, o
Brasil deve registrar aumento de 10% nos embarques este ano. Essa é a tendência
apontada pela pesquisa da PricewaterHouseCoopers, encomendada pelo Sindicato
Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco). A expectativa é que a
exportação de tabaco aumente de 10% a 15% em volume e de 15% a 20% em dólares.
Os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC) apontaram um crescimento já no primeiro trimestre. Até
o momento, em todo o País, foram embarcadas 107,1 mil toneladas, que geraram
divisas de US$ 482,9 milhões, montante 73% maior em volume e 90% maior em
dólares em comparação ao mesmo período de 2017.
Segundo o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, o crescimento
pode ser explicado pelo tamanho das safras. “Esse aumento já era esperado uma
vez que é resultado direto dos estoques provenientes da safra 2016/17, quando
foram produzidas 686 mil toneladas, que foi maior que a safra anterior que
resultou em 540 mil toneladas”, comentou o dirigente.
Os principais destinos até o momento foram Bélgica, Estados Unidos,
Indonésia, Rússia e Alemanha. Considerando somente a Região Sul, grande
produtora de tabaco, foram 105,8 mil toneladas e US$ 465,3 milhões exportados,
sendo 78% destinado pelo porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
No ano passado, o setor completou 25 anos consecutivos na liderança do ranking mundial de
exportações de tabaco, período em que foram vendidos para o exterior 462 mil toneladas,
movimentando US$ 2,09 bilhões. O Brasil é responsável por cerca de 30% das
exportações mundiais de tabaco.
O produto representou 1% no total das
exportações brasileiras de 2017 e 9,2% dos embarques do Rio Grande do Sul, que segue sendo o estado que mais exporta tabaco (78% do total
embarcado), com divisas que ultrapassaram US$ 1,63 bilhão no ano passado. Em
2017, o tabaco em folha foi exportado para 94 países, sendo oito responsáveis
por mais de 60% do montante embarcado:Bélgica (US$ 342 milhões), China (US$ 276 milhões), Estados Unidos (US$
198 milhões), Itália (US$ 120 milhões), Indonésia (US$ 105 milhões), Alemanha
(US$ 92 milhões), Rússia (US$ 80 milhões) e Coreia do Sul (US$ 61 milhões).
Na produção, o Brasil manteve a
segunda posição do ranking mundial, atrás somente da China. Na
safra 2016/2017 foram produzidas 686 mil toneladas, que renderam mais de R$
6,09 bilhões de receita aos produtores e R$ 13,9 bilhões em impostos. Os 150
mil produtores brasileiros cultivaram 299 mil hectares com tabaco em 566
municípios. No País, são 600 mil pessoas envolvidas na produção rural e 40 mil
empregos diretos nas indústrias.