segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Expansão rápida da cabotagem revela baixa capacidade para atender demanda de transporte no Brasil


          A rápida expansão da cabotagem no Brasil levou à falta de capacidade. Em 2019, mobilizou 667.849 TEUs, 13% a mais que os 591.921 TEUs de 2018, segundo a ABAC, Associação dos Operadores de Cabotagem do Brasil. O projeto de lei BR do Mar, que é a legislação apresentada ao Congresso nos últimos dias, pode ser a solução para liberar capacidade adicional necessária com urgência, informa o Datamar.
          Esta atividade tem sido uma das que mais crescem no mundo há mais de uma década, com média de crescimento anual de mais de 10% e até 25% em determinados trimestres. O mercado geral já chega a quase 700 mil TEUs por ano, sem contar os encargos do alimentador e da área do Mercosul. Esta última, conhecida no Brasil como cabotagem internacional.
          Além disso, desde a greve dos caminhoneiros no Brasil, que paralisou o país por mais de 11 dias em maio de 2018, a tendência de se afastar do transporte rodoviário e migrar para a cabotagem aumentou ainda mais. Isso acrescentou uma pressão significativa sobre a capacidade existente dos três participantes do mercado de fornecer serviços regulares, confiáveis ​​e com preços decentes para as operadoras de todo o país.
          Devido às rígidas exigências da Bandeira pela legislação marítima brasileira - que garante a cabotagem às embarcações de bandeira nacional, tripuladas por brasileiros, a Aliança Navegação e Logística (operada pelo grupo Maersk e Hamburg Sud), Mercosul Line (própria A CMA CGM) e a Log-In Logística Ltda., Inicialmente tiveram que construir uma frota de navios nos estaleiros brasileiros, ou pagar pesados ​​impostos de importação para os navios construídos no exterior e depois repassá-los ao Registro Especial Brasileiro (REB). Hoje, a Aliança detém entre 52 e 57% do mercado e o restante está dividido entre suas duas rivais, que atuam em conjunto em diversos serviços conjuntos.
          Uma exceção se aplica quando a empresa possui um navio de bandeira brasileira. Nesse caso, você pode registrar uma embarcação estrangeira sob o contrato de afretamento a casco nu como um REB que não exceda o DWT de sua embarcação brasileira. Isso levou algumas empresas, como a Log-In Logistica, a se dividir em várias unidades para aumentar sua capacidade de extração de REB. Eles fizeram isso com a recente adição do "Log-In Endurance" à sua frota (veja abaixo).

Nenhum comentário:

Postar um comentário