sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Importações de contêineres na Costa Leste da América do Sul caem 39% em junho


          As importações de contêineres da costa leste da América do Sul caíram 39% em junho de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do DataLiner. "Não observamos um volume tão baixo desde julho de 2009, quando ainda estávamos nos recuperando da crise financeira global de 2008", diz Andrew Lorimer, CEO da Datamar. "Esses números refletem o impacto que a pandemia do Covid-19 está causando na economia mundial", acrescentou.
          Segundo os dados, quase todos os segmentos registraram perdas em junho em relação a maio: plásticos e seus artigos (-23%); reatores nucleares (-27%); produtos químicos orgânicos (-11%); máquinas e equipamentos elétricos 12.670 7.896 (-38%); borracha e seus artigos (-44%); produtos químicos diversos (4%); fertilizantes (2%); papel e papelão (-25%); produtos químicos inorgânicos (-4%); veículos (28%)
          Além da queda na demanda por produtos e equipamentos importados pelas empresas, a valorização da taxa de câmbio também afetou severamente as importações. Por outro lado, beneficia as exportações. Apesar disso, restrições às exportações brasileiras podem prejudicar a economia. A China suspendeu recentemente a autorização de vários matadouros brasileiros devido aos casos do Covid-19 e está realizando testes com outros produtos importados do Brasil, como a soja. Este é um ponto a ter em mente para possíveis repercussões futuras.
          Apesar da desaceleração da economia, os armadores e o segmento de navegação, em geral, conseguiram equilibrar a oferta e a demanda. A redução da capacidade operacional, com a adoção de cancelamentos de serviços e bunkers mais baratos, levou os armadores a manter o nível de frete e benefícios em um nível razoável, um ponto positivo que é reproduzido em todos os outros elos deste corrente.
          De acordo com os dados da balança comercial publicados em 3 de agosto pelo Ministério da Economia, o Brasil teve um superávit comercial de US $ 8,1 bilhões no sétimo mês do ano, o maior de todos os meses desde que a entidade começou a manter registros em 1989.
          No total acumulado de janeiro a julho, o saldo brasileiro apresentou superávit de US $ 30,4 bilhões, acima dos US $ 28,1 bilhões no mesmo período do ano passado. Para todo o ano de 2020, o Ministério da Economia prevê um superávit de US $ 55,4 bilhões, acima dos US $ 48,1 bilhões do ano passado, estimativa atualizada em junho.


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