A produção de grãos da
safra 2019/20 do Brasil caminha para o desfecho final de mais um recorde, com a
marca de 253,7 milhões de toneladas. Isto representa um crescimento de 4,8% ou
o equivalente a 11,6 milhões de toneladas sobre a produção da safra passada. O
carro-chefe dos grãos é comandado pela soja e milho, que garantem quase 90% da
produção nacional.
Os dados podem ser conferidos no 11º Levantamento de Grãos realizado pela
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta terça-feira (11). Com o final próximo da colheita da primeira e segunda safra das commodities, o
estudo passa a analisar as culturas de terceira e de inverno, de olho no
comportamento climático que vem favorecendo as lavouras até agora.
A soja já
tem garantida a produção recorde estimada em 120,9 milhões de toneladas, com
ganho de 5,1%. O milho também apresenta recorde assegurado pelos seus 102,1 milhões de toneladas,
já encerrou a primeira safra e caminha para o fechamento da segunda, dependendo
de 1,5% da contribuição das lavouras cultivadas na região do Sealba (Sergipe,
Alagoas e nordeste da Bahia).
Enquanto isso, as culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada trigo e
triticale) finalizam o plantio neste mês. A estimativa é de crescimento de
12,1% na área plantada, com destaque para o trigo, que sinaliza um crescimento
de 14,1% e alcance de 2,33 milhões de hectares. A depender da ajuda climática,
a produção deve chegar a um recorde de 6,8 milhões de toneladas. O Brasil só
ultrapassou a marca dos 6 milhões de toneladas de trigo em 4 ocasiões na série
histórica, sendo esta a maior, caso se confirmem as estimativas.
Os demais produtos que integram a cadeia de grãos, como algodão, arroz e
feijão, caminham também para a finalização da colheita, com um desempenho de
produção acima do produzido no último período. O arroz deve crescer 6,6% e
colher 11,2 milhões de toneladas. Dessas, 10,3 milhões em áreas de cultivo
irrigado.
Por sua vez, o algodão aumenta 5,4%, prevendo uma produção de 2,93 milhões de
toneladas de pluma. E o feijão total cresce 5,4%, alcançando 3,18 milhões de
toneladas, dependendo da terceira safra que está em fase de colheita. Mais da
metade dessa colheita (1,9 mi t) é da espécie comum cores.
A história de recordes da safra continua. No caso da soja, o mercado indica uma
estimativa de exportações sem igual este ano, com 82 milhões de toneladas,
devido à expectativa de câmbio elevado e as negociações antecipadas que estão
ocorrendo.
Também o arroz tem boas perspectivas de mercado, com exportações recordes e
crescimento do consumo interno, o que leva à redução nas estimativas de
estoques de passagem do setor. Para a safra atual, com uma balança comercial
superavitária estimada em 400 mil toneladas e crescimento do consumo,
projeta-se preço elevado ao longo de todo o período de comercialização da nova
safra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário