quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Despachantes Aduaneiros driblam a crise e oferecem atendimento virtual qualificado


              Os Despachantes Aduaneiros mudaram sua rotina de trabalho nos últimos cinco meses devido à pandemia provocada pela Covid-19, buscando novas formas de atuação para manter um atendimento qualificado a seus clientes na exportação e na importação. A grande maioria dos profissionais do segmento passou a exercer sua atividade em home-office, praticamente sem realizar encontros presenciais. ”Como somos considerados essenciais, fomos menos atingidos que outros setores”, relatou Alessandra Flores do Amaral, da Comissária Serrana, de Uruguaiana. “Mas nosso pessoal está fazendo rodízio e atendendo virtualmente”, destacou, ressaltando ainda a importância do apoio do SDAERGS (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul) para a categoria neste momento de crise.
              Os meses de abril e maio, no início da pandemia no Brasil, com a  adoção de medidas de isolamento social e restrição da circulação de pessoas, foram os mais difíceis.”Houve queda significativa nas operações e dificuldades em encontrar maneiras mais adequadas de atender o mercado”, explicou Bruno Henrique Klein Hartz, da Maximasul, de Novo Hamburgo. Gradativamente, foi ocorrendo a adaptação dos profissionais e das empresas  às circunstâncias. “O papel migrou para o digital, agora estamos trabalhando de modo eficiente, mesmo com acesso remoto”, disse ele.
              O maior entrave em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, tem sido as exigências do país vizinho para a passagem de caminhões brasileiros, afirmou Márcio Lopes, da AC Despachos Aduaneiros. “Os motoristas são submetidos a inspeção rigorosa, incluindo o teste de Covid-19,  antes de cruzar a fronteira”, contou. Contudo, ao contrário de outras regiões do Estado, segundo ele, na cidade está sendo possível o trabalho presencial, “com o uso de mascara e alguns ajustes”, frisou.
              Carlos Eduardo Barreiros, da Athena Cargo, sediada em Porto Alegre e atuando basicamente em Novo Hamburgo e Caxias do Sul, além da capital do Estado, observou que os contatos com os clientes, por meio de reuniões virtuais, têm fluido satisfatoriamente, depois de um início com dificuldade. “De um modo geral, os processos, especialmente junto aos órgãos públicos, têm sido mais lentos”, ressalvou. “Felizmente, temos contado com SDAERGS , que tem ajudado, intervindo para encontrar solução para estes obstáculos”, lembrou, citando a troca de recinto da Receita Federal, em Caxias do Sul, que ficou sem funcionar por quatro dias. “O apoio do Sindicato foi importante para o retorno da normalidade”, ressaltou.
              A atuação do SDAERGS, promovendo reuniões virtuais e, eventualmente, presenciais, para avaliar a situação e apresentar soluções, também é salientada por Alessandra Amaral. “O Sindicato trabalha ainda em várias frentes, junto à autoridades evitando o fechamento de fronteiras, em relação ao cumprimento dos protocolos de saúde e em questões como a prorrogação do ICMS de Santa Catarina”. Segundo ela, o movimento do SDAERGS, somado a outras entidades, com apoio dos Deputados Estaduais Frederico Antunes e Eric Lins, aliado com empresários catarinenses lesados pelo alto custo logístico de utilizar apenas Dionísio Cerqueira como Porto de entrada para ter Diferimento no pagamento do tributo, a princípio se conseguiu ampliar a vigência da legislação atual para entrar em vigor em 2021, permitindo que importadores catarinenses possam utilizar ainda aduanas do Rio Grande do Sul nas operações do Comércio Exterior no modal rodoviário”.
               
           

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