A
Usiminas deflagrou o projeto de criação de um grande complexo portuário em uma
área da Usiminas, em Cubatão. A diretoria da empresa visitou o prefeito Ademário
Oliveira (PSDB), e acertou os últimos detalhes para apresentar o empreendimento
ao governador paulista, o também tucano João Doria. A medida indicou a opção da
empresa em investir, de vez, no novo ramo.
O projeto envolve a construção de um
terminal no Dique de Furadinho – região ao lado do atual cais da Usiminas
Cubatão (antiga Cosipa) e às margens do Canal de Piaçaguera, no interior do
Estuário de Santos – além da instalação de uma rede logística e portuária no
terreno da siderúrgica, no distrito industrial cubatense.
O diretor-presidente da Usiminas,
Sérgio Leite de Andrade, confirmou que trabalha em “dois grandes projetos” na
área portuária e logística para Cubatão. Trata-se, nas palavras dele, da
“instalação de um grande complexo logístico e portuário, que envolve
investimentos de monta e prevê a construção de um porto”.
Para ser viabilizado, o plano da
Usiminas envolve “uma parceria muito grande, com diversas empresas privadas”.
“Nós estamos trabalhando nesse projeto junto da Prefeitura, do Estado. Esse é
um projeto de longo prazo, que depende primeiro de nós concluirmos o projeto e,
depois, é viabilizá-lo com parcerias”.
Nessa concepção, a Usiminas entrará
com a área e, depois, precisa que empresas se interessem em investir na retro
área da instalação portuária e na construção do empreendimento. “A planta de
Cubatão é absolutamente importante para nós. Na visita, apresentamos os
projetos que estamos desenvolvendo de poder um dia construir uma nova estrutura
portuária no Dique de Furadinho, com projetos de inovação. Pretendemos, eu e o
prefeito, apresentar tudo ao governador João Doria brevemente”, acrescenta
Leite.
O executivo ainda explicou que a
empresa pretende usar de forma mais intensa o porto da unidade cubatense.
“Nele, nós temos cinco berços e, em função da desativação das áreas primárias,
ele ficou com uma capacidade ociosa. Então estamos buscando operar cargas de
terceiros. Já estamos operando (coque calcinado de petróleo) com a Petrocoque”.
Leite se refere ao Terminal Marítimo
Privativo de Cubatão (TMPC), localizado na área da Usiminas Cubatão e que é
considerado estratégico pela empresa, em função da conexão rodoviária e
ferroviária com os maiores centros produtores e consumidores do País. Desde
julho de 2018, a Usiminas e a Petrocoque fecharam um contrato para o embarque
do coque calcinado de petróleo pelo terminal. Na reunião de ontem, executivos
da empresa afirmaram que, por mês, são movimentados dois navios, totalizando
cerca de 200 mil toneladas por ano. O produto exportado é usado como matéria
prima em indústrias produtoras de alumínio primário.
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