O
ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou
para a Justiça do Distrito Federal as investigações contra o ex-presidente Michel Temer. Decidiu
também atender a pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR) para fatiar o
Inquérito dos Portos e encaminhar para a primeira instância as apurações que
envolvem outras figuras que se tornaram alvo da Polícia Federal, como Maristela
Temer e o coronel João Baptista Lima Filho, respectivamente filha e amigo de Temer.
Barroso encaminhou para a Justiça
Federal de São Paulo a investigação sobre suposto crime de lavagem de dinheiro
cometido por Maristela Temer. De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da
República, um dos exemplos da relação entre Temer e empresas do setor portuário
em nome do coronel Lima seria a reforma de casa de Maristela em São Paulo.
"Pelas provas colhidas,
Maristela Temer agiu com consciência e vontade de mascarar a origem dos
recursos empregados nas obras da reforma de sua residência, haja vista que
existem recibos em seu nome de serviços que não foram por ela custeados",
afirma a denúncia.
Segundo a PGR, as empresas Argeplan,
Eliland e PDA Projetos, todas em nome do coronel Lima, seriam empresas de
fachadas destinadas a receber propina de empresa endereçadas a Temer. "Os
elementos de prova colhidos indicam que a estrutura da Argeplan serve para os
sócios João Baptista Lima Filho e Carlos Alberto Costa captar recursos
ilícitos, inclusive do nicho econômico do setor portuário, destinados a Michel
Temer", diz a denúncia apresentada pela PGR em dezembro.
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