O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou nesta segunda-feira (18) que a assinatura de contrato de adesão do Terminal da Gás Natural
Açu (GNA) no Porto do Açu, localizado no município de São João da Barra,
no Rio de Janeiro, deve gerar cerca 13,5 mil empregos diretos e
indiretos. O contrato visa a construção de um complexo, que envolve o
terminal e a construção do maior complexo termelétrico a gás natural da
América Latina.
Feito por meio de uma parceria entre as empresas Prumo Logística, a
BP e a Siemens, o projeto da GNA inclui a construção de um terminal de
regaseificação de GNL e a instalação de duas usinas termelétricas com
capacidade total de 3 GW, contratadas em leilão de energia em 2014. Os
investimentos previstos para os projetos das térmicas GNA1 (1,3 GW) e
GNA2 (1,7 GW) e do terminal de regaseificação de gás natural liquefeito
(GNL) do Porto do Açu somam R$ 8 bilhões até 2023.
O início da operação das duas usinas e do terminal está previsto para
2021. A perspectiva é que a energia gerada consiga abastecer 14 milhões
de residências. Em uma segunda fase, a partir de 2023, a empresa deve
investir mais R$ 8,5 bilhões em mais duas termelétricas e outro terminal
portuário.
“São R$ 16,5 bilhões de investimento realizado pela iniciativa
privada, com geração de 4 mil empregos diretos e 9,5 mil indiretos. Isso
é algo extremamente relevante”, disse o ministro durante coletiva após a
assinatura do contrato.
Além da importação de GNL, os planos do Porto do Açu incluem a
construção de instalações de processamento de gás e gasodutos para
torna-se uma rota de escoamento de gás das bacias de Santos e Campos, o
que abre caminho para uso futuro do gás produzido no pré-sal.
Antes, o ministro participou da assinatura do contrato de
arrendamento referente à outorga e investimentos no Consórcio Porto
Santarém, no Pará. O contrato no valor de R$ 175 milhões é relativo à
exploração de uma área de 35.097 m² do terminal STM 05 no Porto
Organizado de Santarém, destinado à movimentação de combustíveis.
Os recursos deverão ser aplicados na ampliação dos tanques de
armazenamento (gasolina, diesel e etanol), no atendimento a requisitos
de segurança e na prestação de serviço adequado, conforme previsto em
contrato.
A validade do contrato, assinado pelo grupo formado pela Petrobras
Distribuidora S.A e Petróleo Sabbá, é de 25 anos, prorrogáveis por mais
25. A previsão é que sejam investidos aproximadamente R$ 175 milhões.
O Secretário Nacional dos Portos e Transportes Aquaviários do
Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni, o projeto apresentado pelas
empresas é muito mais ousado que inicialmente pelo governo. “Isso mostra
a pujança que o setor privado tem na proposta de seus projetos”, disse o
secretário.
De acordo com o diretor de desenvolvimento de negócios do consórcio,
Nilton Gabardo o objetivo é modificar a logística de abastecimento na
Região Norte. Todo o combustível que vem do estado do Amazonas, por meio
de balsas, passará pelos terminais de Santarém para ser repassado para
caminhões-tanque, que farão a distribuição do produto no oeste paraense.
“O projeto viu a oportunidade de transformar a logística do porto,
que hoje trabalha com barcaça, para navios de longo curso. É um projeto
ambicioso, mas que, se funcionar, a gente muda a logística de suprimento
de Santarém na região e impacta até em Mato Grosso”, disse Gabardo.
Questionado sobre a possibilidade de fusão entre a Agência Nacional
de Transportes Terrestres (ANTT) e a Agência Nacional de Transportes
Aquaviários (Antaq), o ministro disse que ainda não havia uma definição
sobre o tema, que ainda está em estudo. De acordo com o ministro, antes
de propor a fusão, ele vai conversar com diferentes setores, empresas e
parlamentares para discutir sobre a ideia. "Todos os cuidados serão tomados. Só vamos mandar um projeto neste
sentido quando houver certeza de que essa é a melhor saída", disse.
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