A
Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) descartou a empresa que
ofereceu a melhor proposta, de R$ 2,6 milhões, para a elaboração do projeto
básico das obras de um novo acesso à Margem Direita do Porto de Santos. A
estatal anunciou nesta segunda-feira, 18, que agora vai avaliar o preço
apresentado por outra empresa, que é R$ 1 milhão mais alto.
O empreendimento prevê a construção
de uma segunda ligação rodoviária entre a Via Anchieta e a Avenida Engenheiro
Augusto Barata, conhecida como o Retão da Alemoa, em Santos. Ainda haverá a
remodelação de vias que dão acesso a terminais portuários e, ainda, a
implantação de um viaduto de 360 metros de extensão. Ele passará por um terreno
de 226,7 mil m² que pertencia à antiga Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA).
Dez empresas se interessaram em
realizar o projeto básico da obra. A primeira colocada, Vento Sul Engenharia,
cobrou R$ 2,6 milhões pelo serviço. Mas ela não provou ser capaz de realizar o
trabalho com base em regras impostas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Entre as exigências, consta apresentação de um cronograma físico-financeiro de
elaboração dos trabalhos em 18 meses, sendo seis meses para serviços de campo,
consolidação do projeto funcional e elaboração dos estudos preliminares; e mais
seis meses para elaboração e aprovação do projeto básico.
Segundo a Codesp, diante da
incapacidade da Vento Sul, os técnicos da Autoridade Portuária passaram a
avaliar a proposta da Empresa Brasileira de Engenharia de Infraestrutura, cujo
lance foi de R$ 3,6 milhões. Antes da abertura da concorrência, o ex-presidente
da estatal disse que seriam investidos R$ 10 milhões no projeto, que terá como
base estudo funcional desenvolvido por técnicos da Docas. A previsão é de que
ele seja elaborado em 18 meses. As obras fazem parte da modernização da entrada
de Santos, executadas em uma parceria entre o Município, o Estado e o Governo
Federal.
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