A Embraer
entregou 181 jatos em 2018. Segundo o balanço divulgado nesta segunda-feira
(11) pela companhia, chegaram às mãos dos compradores 90 aeronaves comerciais e
91 jatos executivos, sendo 64 leves e 27 grandes. Somente no quarto trimestre
do ano passado, foram feitas 33 entregas de jatos comerciais e 36 de jatos
executivos, sendo 24 leves e 12 grandes.
As entregas ficaram abaixo do
esperado para a aviação executiva, onde se esperava enviar para os clientes
entre 105 e 125 aeronaves. Na aviação comercial, as entregas ficaram dentro da
estimativa, entre 85 e 95 jatos.
A empresa fechou o ano com uma carteira de
pedidos firmes de US$ 16,3 bilhões. A brasileira Azul Linhas Aéreas tem uma
encomenda de 51 jatos E 195 – E2. As aeronaves, com capacidade para até 146
assentos, somam 111 dos 368 pedidos que a empresa ainda tem a entregar. A
irlandesa Aercap é a segundo maior compradora do modelo, e aguarda a entrega de
44 aviões. Os primeiros jatos do tipo devem começar a operar ainda este ano.
A norte-americana Republic Airlines
aguarda a entrega de 100 jatos do modelo E 175, com capacidade para até 88
assentos. O modelo responde por 204 dos pedidos firmes a entregar da empresa.
Outra compradora importante desses aviões é a American Airlines, que espera
receber 35 aviões.
Para 2019, a previsão da Embraer é entregar
entre 85 e 95 jatos comerciais e entre 90 e 110 aeronaves executivas. Além
disso, a empresa espera enviar aos clientes da linha de defesa dez aviões A-29
Super Tucano e duas aeronaves multmissão KC-390. São esperadas receitas entre
US$ 5,3 bilhões e US$ 5,7 bilhões.
No mês passado, a Embraer ratificou
no conselho de administração a parceria com a norte-americana Boeing. A decisão
foi tomada após o governo federal autorizar a negociação. Os termos do acordo
ainda precisam ser aprovados pelos acionistas e pelas autoridades regularas. A
expectativa é que isso aconteça ainda em 2019.
O acordo em andamento entre as duas
companhias prevê a criação de uma nova companhia, uma joint venture, na
qual a Boeing teria 80% e a Embraer, 20%. Caberia à Boeing, a atividade
comercial, não absorvendo as atividades relacionadas a aeronaves para segurança
nacional e jatos executivos, que continuariam somente com a Embraer.
A joint venture será liderada
por uma equipe de executivos sediada no Brasil e a Boeing terá o controle
operacional e de gestão da nova empresa. A Embraer terá poder de decisão para
alguns temas estratégicos, como a transferência das operações do Brasil.
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