A expansão da economia brasileira foi diretamente impactada, em 2018,
pela decisão do governo federal de criar a tabela do frete rodoviário. É
o que mostra estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI), segundo o qual o Produto Interno Bruto (PIB) foi reduzido em
0,11%, ou R$ 7,2 bilhões. A menor expansão da economia devido à política
de preços mínimos prejudicou, ainda, a recuperação do mercado de
trabalho. Ao todo, 203 mil postos de trabalho deixaram de ser criados.
A política de preços mínimos, que têm sido fixados pela Agência
Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) em patamares acima do que seriam
praticados pelo mercado, também trouxe peso adicional ao bolso do
consumidor. Sem a tabela, a inflação teria fechado o ano em patamar de
0,34 ponto inferior ao registrado, de forma que o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teria sido de 3,41%, e não de 3,75%.
O tabelamento foi adotado pelo governo do ex-presidente Michel Temer
em resposta à greve dos caminhoneiros, que parou o Brasil em maio do ano
passado. Desde a adoção da medida, o preço do frete arbitrado na tabela
foi corrigido em 7,4 pontos percentuais acima do que seria a correção
de mercado diante preço do diesel.
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