O grupo
Marubeni e o Terlogs, maior terminal graneleiro de Santa Catarina, estão
preocupados com o que classificam como perda de competitividade do porto de São
Francisco do Sul. Em nota, afirmam que essa situação "fica evidente"
ao se comparar com outros portos da região Sul. Exemplificam com dados: em 2012
São Francisco do Sul era responsável por 25% do volume de soja exportado e, no
ano passado essa participação caiu para 14%.
As empresas relacionam cinco medidas
que podem gerar resultados positivos para o porto público. 1. Concessão ou
associação de terminais no corredor de exportação, com imediata privatização
dos serviços de operação e manutenção dos equipamentos de embarque; 2. Regularização
da concessão da Cidasc; 3. Viabilização do projeto do berço 401; 4.Conclusão do
contorno ferroviário, e consequente eliminação das 11 passagens de nível na
cidade; e 5. Duplicação da estrada que liga a BR-101 ao porto - aproximadamente
30 quilômetros.
A manifestação pública dos
empreendedores é significativa em razão do ineditismo. É incomum empresários
externarem tão diretamente, à sociedade, suas inquietações sobre negócios. A
Terlogs é responsável por uma movimentação anual superior a 4 milhões de
toneladas e gera cerca de 2 mil empregos diretos e indiretos. A Marubeni Grãos
adquire 40% de toda a produção de soja do Estado para exportação. Então, há
muita coisa em jogo neste complexo e gigantesco segmento de infraestrutura
portuária e de comércio exterior, ambos tão decisivos para a economia
catarinense.
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