A Vale
assinou acordo com a prefeitura de Vitória que permitiu a desinterditar do
complexo portuário de Tubarão, que já durava quase uma semana, após apresentar
garantias de que resolveu problema de emissão de poluentes no mar, informou o
município em nota nesta quinta-feira (14).
A prefeitura havia interditado parte
do sistema de tratamento de efluentes da Unidade Tubarão, na última
quinta-feira, além de multar a Vale em R$ 35 milhões devido à emissão de
poluentes, o que impactou as atividades de pelotização da companhia no local. Nas
análises de efluentes, havia concentração de carvão, minério e calcário acima
do limite, conforme apontou relatório de monitoramento, de acordo com a
prefeitura.
Com o acordo, há o consequente retorno
de imediato das operações no pátio de insumos, nas plantas de pelotização 1, 2,
3 e 4, bem como dos serviços portuários de carvão, segundo a Vale. A liberação
foi concedida na noite de terça-feira. Dentre as condicionantes para o retorno
das operações, a prefeitura destacou que também ficou determinado que a empresa
execute ações imediatas de combate ao pó preto, de acordo com critérios
estabelecidos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
"Mantivemos as multas
milionárias de mais de R$ 35 milhões. A Vale garantiu que não vai haver mais
vazamento na bacia, que despejou resíduos no mar. Aceleramos e melhoramos as
medidas de controle da emissão de pó preto. A época de poluir com justificativa
econômica acabou", disse em nota o prefeito de Vitória, Luciano Rezende.
Em nota, a mineradora afirmou que o
acordo fechado com a prefeitura de Vitória "estabelece que a Vale
antecipará investimentos em ações de melhorias nos sistemas de tratamento de
efluentes líquidos e de controle da qualidade do ar do porto, contribuindo
assim para o aprimoramento da gestão atmosférica do município de Vitória".
A interdição ocorreu enquanto a Vale
já estava lidando com as consequências do rompimento de uma barragem de
rejeitos de minério de ferro que atendia a sua mina Córrego do Feijão, em
Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), em 25 de janeiro. Além
dos graves impactos ambientais causados pela onda de lama despejada pela
barragem, o desastre vitimou mais de 300 pessoas, entre mortos e desaparecidos.
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