O Estaleiro
EBR, em São José do Norte (RS), divulgou, nesta terça-feira, 29, por meio de nota, ter sido
selecionado pela Modec Offshore Production Systems (de Cingapura), subsidiária
da japonesa Modec, Inc., para "a fabricação e montagem de módulos de
processo para o topside (equipamentos que ficam situados acima do convés da
plataforma de petróleo) de um sistema flutuante de produção, armazenamento e
descarregamento (FPSO), o FPSO Guanabara MV31". A nota explicou que o acerto prevê
confidencialidade, por isso não foram detalhados os valores envolvidos ou a
quantidade precisa de módulos a serem feitos.
Segundo a EBR, o trabalho inclui a
fabricação e montagem de módulos que compreendem o sistema de tratamento de
água do topside. O projeto iniciará ainda no primeiro trimestre de 2019, com um
cronograma de entrega de 12 meses. O FPSO Guanabara MV31, atualmente em
construção pela Modec, será contratado pela Petrobras através de leasing e
operação para o campo de Mero, onde será instalada a unidade. O campo está
sendo desenvolvido atualmente pelo Consórcio de Libra, composto por Petrobras
(operadora), Shell, Total, CNPC e Cnooc. Quando concluído, o FPSO Guanabara
MV31 terá capacidade de processamento de até 180 mil barris de óleo por dia e
12 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
"Estamos satisfeitos em ganhar a
confiança de um importante cliente como a Modec e demonstrar nossa capacidade técnica
e competitividade", afirmou o presidente do EBR, Mauricio Godoy. Desde que
entregou a plataforma P-74 para a Petrobras, no ano passado, o estaleiro estava
praticamente estagnado. O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio
Grande e São José do Norte, Sadi Machado, disse que a notícia sobre a nova
encomenda é recebida com muita alegria, mas também com cautela. Ressalvou que o
EBR ainda não divulgou oficialmente a quantidade de vagas que vão ser geradas
com essa demanda.
Machado avaliou que as informações
que chegaram para ele dão conta de que será feito apenas um módulo, com sua
montagem desmembrada em duas etapas. O dirigente estimou em aproximadamente 500
os empregos a serem gerados diretamente. Para o sindicalista, há muita mão de
obra ociosa na região. Alguns dos profissionais que estavam ocupados no polo
naval gaúcho, observou Machado, “quando houve a escassez de trabalho, foram
atuar na construção da termelétrica da Engie, em Candiota, outros tentaram a
sorte fora do Estado, e também há quem ainda está desempregado e que mudou de
ofício.Ficamos na expectativa do futuro, pois a gente não sabe se haverá uma retomada.
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