terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Estaleiro EBR no Sul recebe encomenda da Modec de Cingapura para produção de módulo


          O Estaleiro EBR, em São José do Norte (RS), divulgou, nesta terça-feira, 29, por meio de nota, ter sido selecionado pela Modec Offshore Production Systems (de Cingapura), subsidiária da japonesa Modec, Inc., para "a fabricação e montagem de módulos de processo para o topside (equipamentos que ficam situados acima do convés da plataforma de petróleo) de um sistema flutuante de produção, armazenamento e descarregamento (FPSO), o FPSO Guanabara MV31".  A nota explicou que o acerto prevê confidencialidade, por isso não foram detalhados os valores envolvidos ou a quantidade precisa de módulos a serem feitos.
          Segundo a EBR, o trabalho inclui a fabricação e montagem de módulos que compreendem o sistema de tratamento de água do topside. O projeto iniciará ainda no primeiro trimestre de 2019, com um cronograma de entrega de 12 meses. O FPSO Guanabara MV31, atualmente em construção pela Modec, será contratado pela Petrobras através de leasing e operação para o campo de Mero, onde será instalada a unidade. O campo está sendo desenvolvido atualmente pelo Consórcio de Libra, composto por Petrobras (operadora), Shell, Total, CNPC e Cnooc. Quando concluído, o FPSO Guanabara MV31 terá capacidade de processamento de até 180 mil barris de óleo por dia e 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
          "Estamos satisfeitos em ganhar a confiança de um importante cliente como a Modec e demonstrar nossa capacidade técnica e competitividade", afirmou o presidente do EBR, Mauricio Godoy. Desde que entregou a plataforma P-74 para a Petrobras, no ano passado, o estaleiro estava praticamente estagnado. O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte, Sadi Machado, disse que a notícia sobre a nova encomenda é recebida com muita alegria, mas também com cautela. Ressalvou que o EBR ainda não divulgou oficialmente a quantidade de vagas que vão ser geradas com essa demanda.
           Machado avaliou que as informações que chegaram para ele dão conta de que será feito apenas um módulo, com sua montagem desmembrada em duas etapas. O dirigente estimou em aproximadamente 500 os empregos a serem gerados diretamente. Para o sindicalista, há muita mão de obra ociosa na região. Alguns dos profissionais que estavam ocupados no polo naval gaúcho, observou Machado, “quando houve a escassez de trabalho, foram atuar na construção da termelétrica da Engie, em Candiota, outros tentaram a sorte fora do Estado, e também há quem ainda está desempregado e que mudou de ofício.Ficamos na expectativa do futuro, pois a gente não sabe se haverá uma retomada.

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