O custo
da dragagem do Porto de Santos, o principal do Brasil, caiu 11,9%. Dos R$ 369
milhões inicialmente previstos, o consórcio formado pelas empresas Van Oord
Operações Marítimas e Boskalis do Brasil receberá R$ 325 milhões. O motivo da
redução é que os projetos básico e executivo identificaram que um volume menor
deveria ser dragado para manter as profundidades do complexo marítimo.
Esta frente de dragagem, licitada
pelo então Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPAC), agora
Ministério da Infraestrutura, prevê a ampliação das profundidades do canal de
navegação, dos berços de atracação e dos acessos a eles no cais
santista. Com estes trabalhos, que foram prorrogados até 7 de agosto, a
profundidade do canal do Porto vai de 15 metros, em média, para 15,4 e 15,7
metros nos próximos três anos. Alguns trechos da via marítima também serão
alargados. E os locais de atracação (berços) terão uma nova fundura, variando
de 7,6 a 15,7 metros.
A ideia de ampliar o contrato partiu
do ex-presidente da Codesp Luiz Fernando Garcia, que assumiu o cargo dois meses
antes do fim do contrato. O plano teve como objetivo evitar uma nova
paralisação da obra, fundamental para garantir a viabilidade das operações no
cais santista.
Os
serviços de dragagem são essenciais para as operações do complexo marítimo. O
canal de navegação constantemente recebe sedimentos, trazidos tanto pelas
correntes marítimas como por rios e pelas redes de águas pluviais das cidades
da região. Esse material se acumula no leito do estuário, tanto na via de
navegação como nos berços, reduzindo gradualmente sua profundidade. Segundo estudo da Universidade
de São Paulo (USP), para manter a atual profundidade do Porto, é necessário
dragar cerca de 6,6 milhões de metros cúbicos por ano.
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