sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Bolsas europeias operam em baixa ante a valorização do dólar que pressiona preço das commodities

         As bolsas europeias operam em baixa generalizada na manhã desta sexta-feira (18), à medida que a valorização do dólar ante outras moedas pressiona as commodities, como o cobre e o petróleo, e, consequentemente, prejudica as ações de mineradoras e de petrolíferas. O dólar vem avançando desde ontem, quando a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Janet Yellen, voltou a sugerir que a instituição poderá elevar juros na reunião de dezembro, e na esteira de dados favoráveis de inflação e do mercado de trabalho norte-americano.
        O fortalecimento do dólar prejudica os preços do cobre e do petróleo, que recuam nos negócios da manhã. Como resultado, destacavam-se em baixa nos mercados acionários europeus, por volta das 8h (de Brasília), os papéis de mineradoras como Glencore (-2,45%), Rio Tinto (-2,71%) e BHP Billiton (-2,82%) e de petrolíferas, incluindo a espanhola Repsol (-1,65%), a britânica BP (-0,75%) e a francesa Total (-1,42%).
        As perdas na Europa, no entanto, podem estar sendo limitadas por comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. Durante uma conferência bancária em Frankfurt, Draghi disse mais cedo que a recuperação econômica da zona do euro ainda depende em grande medida das medidas de estímulo do BCE.
         "Nós não podemos ainda baixar a guarda", alertou Draghi, sugerindo que o BCE poderá intensificar suas medidas. Segundo Draghi, ainda há "significativo grau de incerteza" para a economia da zona do euro e as políticas do BCE são um ingrediente crucial para impulsionar a inflação, que continua muito abaixo da meta oficial, de taxa ligeiramente inferior a 2%.
         Às 8h22min (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,57%, enquanto Paris recuava 0,42% e Frankfurt cedia 0,14%. Entre mercados europeus considerados periféricos, Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 1,75%, 1,42% e 0,46%, respectivamente. No câmbio, o euro se enfraquecia a US$ 1,0606 e a libra seguia a mesma direção, cotada a US$ 1,2412.
         A Volkswagen era exceção positiva, após anunciar planos de cortar até 30 mil empregos nos próximos cinco anos, 23 mil deles apenas na Alemanha. Em Frankfurt, a ação da montadora alemã subia cerca de 0,4%, após iniciar o pregão em alta de 2%.

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