quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Terminal de Antioquia oferecerá saída para o Pacífico, em obra que tem construtoras brasileiras participando da concorrência

         O gerente geral de projeto e sócio majoritário da PIO (Puertos Inversiones y Obras), Óscar Isaza, anunciou que serão investidos US$ 600 milhões em obras que permitirão ao Terminal de Antioquia, na Colômbia, oferecer uma saída para o Oceano Pacífico aos exportadores de café e do centro do país. Segundo ele, o projeto transformará o complexo em um porto multipropósito no Golfo de Urabá, capaz de operar navios  que transportam contêineres, reefers, veículos, granéis e carga geral.
         "A ideia é construir um terminal de 7 milhões de toneladas com capacidade para 1,2 milhão de teus", detalhou o executivo. Isaza contou ainda que sua empresa firmou memorando de entendimento com a Terminal Link, operadora de 14 portos, em 18 países, para a realização das obras.
         O porto terá espaço em terra e uma plataforma no mar, que deverá proporcionar mais eficiência, considerando as condições da área onde está localizado. Atualmente, chegam à região navios de menor envergadura, que carregam principalmente bananas e outras frutas, precisando, ainda, recorrer a barcaças para completar a operação.
       "O tempo de carga hoje é bastante lento, para carregar um navio de 200 contêineres, por exemplo, são necessários dois dias. Com o novo terminal, a operação levará entre 3 e 4 horas, proporcionando mais agilidade, segurança e redução de custos", explicou Isaza.
      O projeto abrangerá 40 hectares em terra e a plataforma marítima terá 550 metros de largura por 115 metros de comprimento e calado de 14 metros. Com estas medidas, poderão ser movimentados navios de 13 mil teus, que exigem um calado de 13 metros.
      O porto aproveitará a experiência da Terminal Link, que opera um terminal em Roterdã, adotando a mesma tecnologia de automação das instalações na Holanda no complexo colombiano. "Seremos o primeiro porto semiautomatizado em gruas na América", destacou Isaza.
      A execução dos trabalhos, com prazo de 30 meses, depende apenas da escolha do  consórcio que tocará as obras de engenharia. Essa decisão ocorrerá dia 5 de outubro, entre os cinco grupos concorrentes: Coninsa Ramón H (Colômbia), Carmargo Correa (Brasil) e Belfi (Chile), Acciona (Espanha), a aliança entre a Odebrecht Colombia e a Termotécnica (Colômbia), China Harbour Engineering e o consórcio Mescc, formado pela portuguesa Mota-Engil e a Sociedad Construtora Colombiana.  

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