terça-feira, 30 de agosto de 2016

Porto do Pecém poderá ter mais de um modelo de participação privada

         O Porto do Pecém, depois de despertar o interesse dos holandeses, que firmaram um convênio para a elaboração do plano de desenvolvimento do complexo cearense por meio do Porto de Roterdã, poderá ter mais de um modelo de participação privada. O relatório feito por consultores do terminal da Holanda sobre Pecém projeta, para o ano de 2030, até 80 milhões de toneladas de cargas movimentadas ao ano. No ano passado, foram 7 milhões. Para atingir esse objetivo, devem ser implementadas melhorias de infraestrutura e governança.
        “Os consultores nos mostraram vários cenários até 2030. No cenário pessimista, chegaríamos à movimentação de mais de 40 milhões de toneladas, enquanto uma avaliação bastante otimista consideraria 80 milhões. O número mais próximo da previsão "realista" ficaria em torno de 50 milhões de toneladas de carga, na avaliação de Danilo Serpa, presidente da Cearaportos.
         De acordo com André Facó, titular da Seinfra (Secretaria de Infraestrutura do Ceará), a região apresenta uma gama maior de negócios, e o Estado pode explorá-los sem ter de se preocupar apenas com um formato. “Ali, você pode ter uma participação societária, uma PPP ou uma concessão. Gera uma vantagem para o Estado, que optaria em ser sócio”, destaca.
         A expectativa, aponta ele, é de que, com os respectivos avanços, o equipamento seja o maior porto-indústria do Norte-Nordeste em 2030. “Veremos a forma de 'parceirizar' ou executar de maneira direta”. Em setembro, haverá uma reunião entre os consultores de Roterdã e o governador Camilo Santana para dar o próximo passo a uma parceira. Segundo ele, ainda não existe um modelo definido, e a parceria envolveria apenas áreas do Complexo do Pecém.

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