terça-feira, 23 de agosto de 2016

Aliança espera fechar 2016 com crescimento de 6%, mesmo diante da crise

         A Aliança Navegação e Logística reestruturou sua frota de cabotagem investindo R$ 700 milhões na compra de seis navios porta-contêineres com capacidades de 3.800 a 4.800 teus, apostando na expansão do modal que permite reduzir custos de transportes, aumentar a segurança, atingir resultados concretos de sustentabilidade e prevenir a oscilação característica do mercado de fretes - a economia é de 10% a 15% em relação ao transporte rodoviário.
         Atualmente, a companhia conta com onze embarcações em operação no serviço de cabotagem, que cobre 15 portos de Buenos Aires até Manaus, com um total de 104 escalas mensais, a Aliança realiza o planejamento completo das operações multimodais e atende aos embarques porta a porta.
        A Aliança mostrou essas vantagens da cabotagem no encontro “A Hora da Cabotagem”, em sua quarta edição, em São Paulo, e cujo foco foi o que a cabotagem pode concretamente fazer pelas empresas. Dividido em quatro painéis, foram debatidos temas que aproximam usuário, armador e terminais de integração com os modais complementares, apresentando soluções práticas e vantagens específicas para a operação do usuário do modal.
         Líder e mercado na cabotagem, mesmo diante da crise, o armador espera fechar 2016 com um crescimento de 6%, resultado que vem impulsionado pela conquista de clientes de médio porte. Entre as 1200 empresas que já aderiram ao serviço prestado pela Aliança, há grandes, pequenas e médias empresas, representando praticamente todos os segmentos do mercado – “do arroz ao zinco”, destaca a companhia –, com destaque cada vez maior para os segmentos de bens de consumo duráveis. No ano passado, a Aliança obteve um faturamento de R$ 3,3 bilhões e movimentou 673 mil contêineres.
        Segundo Marcus Voloch, gerente geral de Mercosul e Cabotagem da Aliança, as principais vantagens do serviço são rastreabilidade em qualquer ponto, integração dos modais para otimização da cadeia logística, redução do número de caminhões na estrada, menor índice de avarias e a facilidade de contar com empresas que cuidam de todas as etapas do processo – da retirada da carga, transporte até o porto com segurança, embarque, desembarque e entrega no destino final. “Por ano, a cabotagem elimina cerca de 300 mil viagens de longa distância das estradas brasileiras, mantendo, no entanto, curtas viagens nas pontas – entre o embarcador e o porto, na origem, e entre o porto e o cliente final, no destino”, ressaltou Voloch, um dos palestrantes do encontro.
         O diretor-superintendente da Aliança Navegação e Logística, Julian Thomas, o segredo de uma logística eficiente é a utilização apropriada de todos os modais, cada um desempenhando o seu papel na cadeia. E alerta: “O que não devemos é incorrer novamente no erro de priorizar apenas um deles. O futuro do setor de cabotagem passa pela modernização não apenas da frota de navios, mas, principalmente, pela otimização de toda a cadeia logística”, advertiu.

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