quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Maioria dos navios petroleiros precisa fazer adaptações para poder trafegar no novo Canal do Panamá

         A consolidação de uma nova rota para os grandes navios petroleiros através do Canal do Panamá vai demorar mais que o previsto, porque muitas dessas embarcações deverão submeter-se a modificações que permitam transitar pelas novas eclusas da via duplicada.
Antes da inauguração da expansão apenas uma pequena fração dos barcos que cruzavam o canal transportava petróleo, devido ao seu tamanho, incompatível com as dimensões da travessia.
         A expectativa é de que o número de navios-tanques a utilizar o canal passará a ser expressivo. A nova rota possibilitará a eles ganhar um acesso mais rápido e barato aos mercados internacionais com embarcações maiores. Os petroleiros, de fato, agora, cabem nas novas eclusas. No entanto, muitas delas não contam com equipamentos de amarra necessários para que esses navios possam transitar pela via.
         A Autoridade do Canal e as corporações dos navios-tanques esperam uma solução rápida para os entraves que impedem a navegação dessas embarcações com segurança. Afinal, diante da crise econômica global, contam com todas as possibilidades para reduzir custos e aumentar a competitividade. Especialistas revelam, inclusive, que muitas companhias do setor estão passando por sérias dificuldades.
         A frota mundial de tanqueiros hoje é de mais de 900 unidades, dos quais cerca de 500, segundo especialistas, precisariam de modificações para poder utilizar o novo Canal do Panamá, principalmente àqueles construídos depois de 2015. Essas mudanças exigem que os barcos devem sair do serviço e atracar em seco. O custo da reforma pode chegar a US$ 150.000 por navio.
          O presidente da Navgathi Marine Design and Construction, da Índia, Sandith Thandasherry, disse que este sua empresa já realizou ajustes em seis tanqueiros, deixando-os aptos a transitar pelo Canal do Panamá. A Autoridade do Canal divulgou comunicado reconhecendo que alguns navios necessitam de reparos para poder utilizar a nova via.

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