quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Exportações de café alcançam 1,908 milhão de sacas em julho

            As exportações brasileiras de café somaram 1.908.808 sacas de 60 kg em julho, més que marcou o início da safra 2016/17. A variedade arábica contribuiu com 82,4%, enquanto que o robusta ficou com 2%. Outros 15,5% foram de solúvel e 0,1% de moído e torado. Os dador foram fornecidos pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), uma das cinco instituições privadas que integram o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), do Ministério da Agricultura (Mapa). As vendas para o exterior proporcionaram receitas de US$ 297,2 milhões no período.
         O Relatório do CeCafé destacou que, de cada cinco sacas de café vendidas ao exterior, uma é de café diferenciado, com qualidade superior e/ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis. Em julho foram exportadas 367.128 sacas de cafés com esses atributos positivos, que representaram em torno de 20% das exportações no mês. Esses cafés alcançaram, na média, preços 27,4% superiores à média total do café verde convencional exportado. No período de janeiro a julho foram exportadas um total de 3.603.184 sacas de cafés diferenciados que geraram mais de US$ 676,97 milhões.
           Ainda conforme o Relatório, no mesmo período de janeiro a julho deste ano, foram exportadas 18.188.838 sacas, com receita cambial de mais de US$ 2,7 bilhões, e, no acumulado dos últimos 12 meses (agosto de 2015 a julho de 2016), as vendas para o exterior somaram 34.562.514 sacas e receita de mais de US$ 5,2 bilhões.
             O país que mais importou café do Brasil em julho deste ano foi os EUA, com 447.459 sacas (23,4%), seguindo da Alemanha - 343.846 sacas (18,0%) e Japão - 132.381 sacas (6,9%). Além disso, no período de janeiro a julho, cabe ressaltar que 120 países importaram o café brasileiro, sendo que os EUA lideraram as importações com 19% - 3.459.628 sacas, seguido pela Alemanha - 3.372.043 sacas. E o Japão ficou no terceiro lugar com 1.398.078 sacas, praticamente empatado com a Itália - 1.390.265 sacas.
          Com relação ao panorama mundial da cafeicultura, a Organização Internacional do Café (OIC) indicou em seu Relatório sobre o mercado de Café julho 2016 que reduziu sua estimativa da produção mundial do ano-safra de 2015/16 de 144,7 milhões para 143,3 milhões de sacas de 60 kg. Atribui essa nova estimativa a uma redução acentuada da produção do México, que passou de 3,9 para 2,8 milhões de sacas. E ainda a uma revisão mais modesta da produção da Nicarágua que passou para 1,8 milhão. No caso do México, a OIC explicitou que a redução se deve a um impacto mais agressivo do que foi previsto com relação à ferrugem do café que, desde 2012/13, diminuiu a produção do país  em mais de um terço. 
         A OIC apontou ainda nas suas análises que o "mercado de café consolida alta de preços, mas a oferta de Robustas ainda preocupa". Segundo a Organização, em julho deste ano, o indicativo de preço composto da Organização registrou sua maior alta de 17 meses e que, a despeito desse fator, o mercado encontrou dificuldades para manter seus avanços iniciais. Particularmente em relação ao Brasil, o Relatório citando o documento da estimativa da safra da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab, salientou que os estoques internos em mãos do setor privado no final de março de 2016 diminuíram   apenas 5,4% em relação ao ano anterior, passando de 14,4 milhões de sacas para 13,6 milhões.

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