sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Economia mexicana cresce 2% ao ano, índice que não evita a queda na movimentação de cargas nos portos do país


            A movimentação de cargas apresentou queda no primeiro semestre do ano nos três maiores portos mexicanos: Manzanillo, em Colima (foto), Cayo Arcas, em Campeche, e Coatzacoalcos, em Vera Cruz. Os dados foram apontados pela SCT  (Secretaria de Comunicações e Transporte do país. Esses complexos representam 29,3% do total operado nos terminais nacionais. A redução foi de 144,5 milhões de toneladas para 144,2 milhões, entre os mesmos períodos de 2015 e 2016 e reflete a perda de ritmo da economia do México nos últimos quatro anos.
         A queda no principal porto do país, Manzanillo, foi devido à diminuição de 3,8% nas operações com contêineres. Em Coatzacoalcos, decorreu da crise no setor de petróleo e derivados, carro-chefe do porto, mesmo motivo da perda de cargas em Cayo Arcos, onde a redução foi ainda mais expressiva, alcançando 17,2%.
          O diretor do Idic (Instituto para o Desenvolvimento Industrial e Crescimento Econômico), José Luis de La Cruz Gallegos, explicou que a baixa nas exportações, especialmente de manufaturados, deveu-se a desaceleração econômica do país, que prejudica o comércio exterior. Nos primeiros seis meses de 2016, as exportações de manufaturados caíram 3%. As importações sofreram redução de 2,4%.   
          Segundo La Cruz, "quando caem as exportações, diminuem também as compras no exterior de insumos e de bens de capital, atingindo as operações portuárias nos dois sentidos". Ele destacou que Manzanillo tem um comércio forte com a Ásia e com os Estados Unidos, pela rota do Pacífico, intercâmbio que perdeu gás nos últimos anos.
         A queda na movimentação atingiu também os demais portos mexicanos. Altamira, em Tamaulipas, Isla Cedros, na Baixa Califórina,, Punta Venado, em Quintana Roo, que juntos concentram 14,8% das operações portuárias do país.
            Houve crescimento apenas em três dos principais portos mexicanos: Lázaro Cárdenas, em Michoacán, Dos Bocas, em Tabasco e Veracruz. O curioso é que a redução na atividade portuária acontece apesar de a economia do México vir registrando crescimento nos últimos quatro anos entre 2% e 2,5%. "Esses percentuais são decepcionantes para um sistema (portuário) acostumado com taxas de 5% a 6% ao ano de crescimento", analisou La Cruz.
         


Nenhum comentário:

Postar um comentário