quarta-feira, 27 de julho de 2016

Novo Canal do Panamá conta com elevadores de alta tecnologia construídos pela ThyssenKrupp



         O projeto de expansão do Canal do Panamá, uma das maiores obras de engenharia do século 21, contou com significativa participação gaúcha. A ThyssenKrupp, de Guaíba, contribuiu para as obras fornecendo elevadores robustos e à prova d’água que descem a uma profundidade de aproximadamente 50 metros abaixo do nível do mar. A instalação dos equipamentos, sofisticados, exigiu a implantação de um sistema à prova de explosão para garantir operações ininterruptas, independentemente das condições meteorológicas
        A ampliação do Canal do Panamá foi finalizada em junho deste ano. A passagem artificial, agora redesenhada, foi criada há pouco mais de cem anos e é uma rota estratégica para a navegação global, conectando os oceanos Atlântico e Pacífico. A duplicação da capacidade decorreu da necessidade de expandir a capacidade, aprofundando o calado e aumentando a largura, permitindo a passagem de navios três vezes maiores do que antes, os chamados New Panamax.
      A thyssenkrupp forneceu 14 elevadores inovadores para este projeto, sete para cada novo complexo de bloqueio: um no lado do Atlântico e outro no Pacífico. O tráfego através dos bloqueios é monitorado a partir de duas torres de controle, que podem ser acessadas por meio de dois elevadores. Os outros elevadores foram instalados em vários pontos ao longo das fechaduras.
     “Os elevadores descem a uma profundidade de cerca de 50 metros e estão conectados por túneis conhecidos como "crossunders", que funcionam sob as câmaras de bloqueio, que possuem milhões de litros de água”, explicou Peter Bjorn, vice-presidente de Obras Novas e Modernização da área de negócios Elevator Technology, da thyssenkrupp para a América Latina. 
        A thyssenkrupp auxilia grandes projetos de infraestrutura em todo o mundo com soluções inteligentes que atendem aos requisitos de urbanização. "Queremos enfrentar os desafios de mobilidade em ambientes complexos junto com os nossos clientes", disse Andreas Schierenbeck, CEO da thyssenkrupp Elevator. "É essencial para reduzir o consumo de energia e de recursos ambientais encontrarmos novas soluções e criar meios para o transporte global que economizem tempo e recursos", destacou.
        O plano de expansão do canal compreendeu a criação de um novo conjunto de eclusas paralelamente às já existentes, que podem ser operadas ao mesmo tempo. A construção de dois novos complexos de bloqueio do Atlântico e do Pacífico, cada um com aproximadamente 1.200 metros de comprimento, foi essencial para o sucesso do projeto.
        A complexidade do projeto exigiu das equipes da thyssenkrupp um alto nível de detalhamento técnico. Por exemplo, todos os componentes do elevador são à prova de explosão para garantir a máxima disponibilidade, mesmo sob as mais rigorosas condições climáticas. No Panamá, a construção do canal é a primeira a ser equipada com esse recurso de segurança.
       Como o prazo de instalação era exíguo, cinco meses, e os desafios do projeto enormes, a thyssenkrupp disponibilizou 24 profissionais para a instalação dos elevadores. “A conclusão deste projeto, que muito nos orgulha, demonstra o alto nível de proficiência das equipes thyssenkrupp, trabalhando em projetos marcantes em todo o mundo”, comemorou Peter Bjorn.
       Foram necessários seis anos de pesquisa, para a expansão do Canal do Panamá, incluindo mais de 100 estudos sobre a viabilidade econômica, bem como detalhes sobre a demanda do mercado, impacto ambiental e outros aspectos técnicos de engenharia. A construção começou em 2007 e custou US$ 5,4 bilhões. A duplicação da capacidade do canal terá impacto significativo na economia e no comércio marítimo internacional, avaliam especialistas do trade global.


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