quarta-feira, 27 de julho de 2016

Exportações gaúchas atingem volume recorde no primeiro semestre

         As exportações gaúchas atingiram 11,5 milhões de toneladas em produtos de janeiro a junho, o maior volume da série histórica iniciada em 1989. Os dados foram divulgados pela FEE (Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul, que atribuiu o resultado ao câmbio favorável.
         Apesar da quantidade maior de mercadorias comercializadas, a receita ficou em US$ 7,7 bilhões, o menor valor desde igual período em 2010. A queda foi consequência da forte retração nos preços dos produtos exportados que perderam valor no mercado externo, como a soja.
         "O efeito do dólar teve certa importância no volume de vendas, mas a principal causa para o recorde de embarques foi, sem dúvida, a retração no mercado doméstico, que levou produtores brasileiros a olharem para fora", argumentou o pesquisador da FEE, Tomás Torezani. "O preço mais competitivo no cenário internacional também ajudou: oito dos 10 principais clientes compraram mais. O entrave foi o valor das mercadorias, que vem caindo e impactando no faturamento", acrescentou ele.
       Com o resultado, o Estado perdeu uma posição no ranking nacional, caindo para a quinta colocação. Ultrapassou o Rio de Janeiro (por causa da redução do preço do petróleo), mas foi superado por Mato Grosso (pela forte elevação das vendas de soja e milho em grãos) e Paraná (pelo crescimento dos embarques de soja em grão).
         Em relação aos produtos básicos, o Rio Grande do Sul vendeu menos trigo em grão e farelo de soja. No entanto, cresceram as vendas de carne bovina e de bovinos vivos, que não haviam sido exportados no primeiro semestre do ano passado.
         Nos manufaturados, os maiores recuos foram nas exportações de máquinas e aparelhos para uso agrícola e hidrocarbonetos. O grupo dos semimanufaturados foi o único a ter aumento nas vendas externas. A expansão ocorreu em virtude das vendas de celulose.,

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