quarta-feira, 27 de julho de 2016

Brasil sobe dez posições no ranking mundial de logística do Banco Mundial

         O Ranking Mundial de Logística do Banco Mundial desse ano apontou que o Brasil subiu 10 posições em relação à edição 2014, passando de 65º para 55º. O resultado, contudo, não foi suficiente para o país retomar o patamar que atingiu em 2010, quando ficou na 41ª posição.
         O levantamento mostrou a Alemanha em primeiro lugar, seguida por outros países desenvolvidos, como Luxemburgo, em segundo, e Suécia em terceiro. Apesar da melhora, o Brasil permaneceu atrás de outros emergentes, como a Índia (35º) e China (27º), e países vizinhos, como Chile (46º) e Panamá (40º). A pesquisa é feita a cada dois anos e leva em conta seis fatores: infraestrutura das estradas e portos, procedimentos alfandegários, prazos de entrega e eficiência de rastreamentos.
         O setor que ainda pede soluções, segundo Rodrigo Reis, sócio da Reis Office, empresa que atua no mercado de impressão e de serviços de outsourcing e gerenciamento eletrônico de documentos, é o de tecnologias e pesquisas direcionadas à áre, que ajudam a perceber e solucionar gargalos que mantém país fora dos 50 mais desenvolvidos logisticamente no mundo.
          “Trazer soluções tecnológicas que facilitem os processos logísticos faz parte do objetivo. Apostamos nessa linha de atuação a fim de ajudar nossos clientes a economizarem tempo e, em médio prazo, o dinheiro investido", afirmou ele.
         O e-commerce nacional, que depende 100% de uma logística eficiente, também se move a fim de rastrear causas - e possíveis soluções - para que o país consiga se desenvolver nesse sentido. A cada dois anos, a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) realiza e divulga sua Pesquisa Logística no E-Commerce Brasileiro, onde compila observações e análises.
         Entre os dados da última edição, destacam-se a diminuição do uso de frotas próprias e do serviço dos Correios, além do aumento do uso de transportadoras privadas. Entretanto, na contramão do avanço tecnológico, o prazo médio de entrega de mercadorias adquiridas pela Internet aumento, em média, 35% nas principais capitais brasileiras.
         "A logística é o grande gargalo no e-commerce brasileiro atualmente: os custos operacionais, a falta de mão de obra e infraestrutura precária contribuem para que tenhamos o baixo nível de serviço e preços caros. Há uma grande quantidade de lojas virtuais tentando se livrar da dependência dos correios, mas ainda o monopólio do estado não permite que empresas privadas sejam competitivas", destacou Maurício Salvador, presidente da ABComm.
         Uma das principais conclusões do relatório divulgado pelo Banco Mundial é que enquanto a logística dos países emergentes teve melhora, o progresso nas economias mais pobres se desacelerou pela primeira vez desde 2007. Nas três últimas posições do ranking estão Síria, Somália e Haiti.
         No caso do Brasil, o item com melhor avaliação é sobre o "rastreamento", que mede o monitoramento de cargas, no qual o país ficou em 45º lugar. Já a pior posição, 72º, ficou na categoria "entregas internacionais", que mede, por exemplo, a competitividade do país nos preços das entregas pelo mundo.

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