quarta-feira, 13 de julho de 2016

Codesp quer concluir dragagem do trecho 3 do canal de navegação do Porto de Santos nesta semana


         A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) pretende concluir a dragagem do trecho 3 do canal de navegação do Porto de Santos até a próxima sexta-feira (15). Trata-se do serviço emergencial, iniciado há duas semanas, para a recuperação das profundidades da região entre a Torre Grande e o Armazém 6 do cais santista.
         Os trabalhos são executados pela Van Oord Operações Marítimas, após um aditamento no contrato firmado com a Codesp. Para os trabalhos, a empresa destacou a draga Geopotes 15, com capacidade para retirar 10 mil metros cúbicos de sedimentos do estuário. O material se depositou entre fevereiro e junho, quando a dragagem foi interrompida nesta região.
         Segundo o diretor de Engenharia da Docas, Antonio de Pádua Andrade, 238 mil metros cúbicos de sedimentos já foram retirados da região entre a Torre Grande e a Alemoa. Isto corresponde a 25% de todo o volume que deverá ser dragado nesta frente de trabalho.
         “Até a próxima terça-feira (19), iniciaremos as batimetrias (levantamento de profundidade) de campo do trecho 3”, explicou o executivo.
         De acordo com Pádua, no trecho 4, que fica entre o Armazém 6, no Paquetá, e a Alemoa, os trabalhos devem ser concluídos em um mês. Mas essa previsão pode ser alterada em casos de avarias na embarcação.
         Nesses pontos críticos, a Capitania restringiu as condições de navegação, reduzindo o calado operacional (profundidade que pode ser atingida pelo navio). A limitação atingiu o canal de navegação (da Torre Grande até a Alemoa), as bacias de evolução (na Alemoa, em frente à Brasil Terminal Portuário) e três berços de atracação (no Macuco e na Ponta da Praia), causando prejuízos às instalações localizadas nessas regiões.

         A retomada das obras de dragagem nos trechos 3 e 4 do canal de navegação só foi possível após um aditamento no contrato firmado com a Van Oord Operações Marítimas. A empresa passou a ser responsável pela obra de toda a extensão do canal, da Barra de Santos até a Alemoa.
           Mas, para isso, ao invés de serem retirados 1,5 milhão de metros cúbicos de sedimentos apenas no Trecho 1 do canal (originalmente, a empresa foi contratada para dragar apenas essa área, que vai da barra até a Ponta da Praia), serão dragados 940 mil metros cúbicos de sedimentos nos quatro trechos da via.
         Paralelamente, a Docas pretende abrir uma licitação para a contratação da dragagem nos quatro trechos do canal de navegação. A empresa estima que o investimento necessário para a manutenção das profundidades da região entre a Barra de Santos e a Alemoa gire em torno de R$ 116 milhões.
         A Codesp trabalha com a possibilidade de concluir o processo licitatório em três meses, mas ainda não anunciou quando o edital será publicado. O termo de referência já foi concluído pelos técnicos da empresa.
         As empresas concorrentes deverão apresentar capacidade compatível para a realização do serviço através da utilização de uma draga tipo Hopper, de sucção e autotransportadora, com produtividade de retirada de 20 mil metros cúbicos de sedimentos ao dia. O contrato prevê a extração de até 4,3 milhões de metros cúbicos de lama do fundo do canal.

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