domingo, 31 de julho de 2016

Estudante projeta veículo para pesquisas no canal de navegação de Santos

         A utilização de tecnologia nacional pode ser uma alternativa de baixo custo para desenvolver um veículo submarino operado remotamente (ROV) para serviços no Porto de Santos. Uma pesquisa acadêmica desenvolvida em Santos visa a utilizar técnicas locais como maneira de oferecer soluções ao complexo portuário. 
         O projeto de um ROV nacional é desenvolvido pela estudante de Oceanografia Lilian Joyce dos Reis Correa, 22 anos, do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte). A ideia começou a ser executada no primeiro semestre do ano passado, com a orientação do professor Marco Tonelli, para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da aluna. 
         De acordo com a pesquisa, o equipamento é comumente utilizado no cais santista. Controlado à distância, o minissubmarino é capaz de facilitar a inspeção de elementos submersos, examinar os tipos de organismos que se alojam ali e, até mesmo, auxiliar na construção e manutenção de estruturas consideradas essenciais para o cais santista. 
         O equipamento consiste em um esqueleto rígido, que possa ser facilmente afundado. Nele, é possível acoplar câmeras, sensores, luzes e garras que permitem examinar o meio. Também há hélices que possibilitam a navegação. Como se estivesse preso a uma coleira, um cabo acoplado a ele passa os comandos feitos por um piloto na superfície. 
         “O projeto também poderá realizar filmagem, coletar alguns parâmetros físicos-químicos da água e coletar materiais. O ROV é customizável, podendo receber periféricos de acordo com a demanda. As imagens e medidas podem contribuir para adequação do porto ao ambiente”, destacou a estudante, que se prepara para realizar testes no Estuário. 
         Após um ano de planejamento e execução, o protótipo já possui a maior parte da estrutura e do sistema de controle definidos e desenvolvidos, segundo Lilian. Até novembro, ele deverá ser lançado no canal de navegação do Porto de Santos e será colocado à prova. “Os próximos passos incluem adaptar uma câmera de vídeo e um sensor de temperatura”, acrescentou ela.  

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