quarta-feira, 20 de julho de 2016

Inace assina contrato para construir três embarcações para a Louis Dreyfus

         A Indústria Naval do Ceará (Inace), depois de entregar dois empurradores fluviais no primeiro semestre para deste ano à Cargill Agrícola, fechou um contrato para construção de outros três modelos para a multinacional Louis Dreyfus Company Brasil.
          O valor das três embarcações é estimado em cerca de R$ 100 milhões e a entrega está prevista para o final de 2018. Os cinco empurradores fluviais foram encomendados pelas empresas para realizar o transporte de grãos nos rios da região Norte do país.
         Com 39,6 metros de comprimento, 18 metros de largura e 6.400 hp de potência, os três novos empurradores têm capacidade para transportar mais de 20 barcaças, contendo aproximadamente 50 mil toneladas de grãos, como milho e soja, destinados à exportação.
         Atualmente, o setor do agronegócio brasileiro, responsável por 40% das exportações e por cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB), é um dos mais têm demandado embarcações dos estaleiros nacionais, sobretudo os do Norte e Nordeste.
         "Graças a esse mercado de soja e milho os estaleiros estão ocupados", explicou Elisa Gradvohl, diretora da Inace.
         Os dois empurradores entregues à Cargill Agrícola, com 28 metros de comprimento e 10,5 metros de largura, irão operar em Santarém, no Pará. Atualmente, a Inace está construindo quadro rebocadores para operação em terminais portuários brasileiros, encomendados pela dinamarquesa Svitzer, do Grupo Maersk, ao custo de aproximadamente R$ 30 milhões cada um e entrega prevista para 2017.
         Se até pouco tempo atrás eram as atividades relacionadas à exploração de petróleo e gás que impulsionavam a indústria naval do País, hoje são as demandas do setor do agronegócio e de operação portuária.
         "Hoje há mercado certo para rebocadores e empurradores, para commodities. O mercado de embarcações offshore (para operações em alto mar) caiu muito com esses problemas da Petrobras", ela diz.
Além disso, Gradvohl diz que as empresas brasileiras estão praticamente paradas, sem demandar novas embarcações, devido, dentre outros fatores, ao crédito mais caro. "Hoje nós estamos trabalhando com empresas internacionais", afirmou.

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