O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou de 2023 até setembro de 2024 R$ 26,9 bilhões para operações de apoio à exportação de bens. Esse valor supera a soma dos seis anos anteriores, período em que o banco de fomento aprovou R$ 21,5 bilhões para o setor.
De janeiro até setembro de 2024, as aprovações para o setor atingiram R$ 13,4 bilhões, valor semelhante ao obtido em todo o ano de 2023 (R$ 13,5 bilhões). As aprovações para exportação de bens, até setembro deste ano, superam em 173%, o valor de 2022 e em 243% o valor de 2021. Quando comparados os resultados de 2023 com 2019, as aprovações do BNDES para exportação tiveram um salto de 429%.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, pontua que o apoio à exportação, além de alavancar a produção industrial, é um importante instrumento para aumentar a competitividade das indústrias brasileiras.
“Apoiar a exportação industrial, especialmente aquelas com alto valor agregado, é fundamental, uma vez que outros países também estão adotando políticas semelhantes. Cerca de 98% do mercado mundial está fora do Brasil e nossas empresas precisam disputar esse espaço, gerando emprego de qualidade no Brasil e aumentando a escala e a competitividade da nossa indústria, o que certamente também contribui para a retomada do desenvolvimento”, explica Mercadante.
O BNDES não financia a exportação de serviços desde 2015. Para viabilizar a retomada dessa política pública, em linha com os padrões internacionais e alinhados com o Tribunal de Contas da União (TCU), o BNDES aguarda a aprovação do PL 5719/2023, que autoriza o Banco a constituir subsidiárias integrais ou controladas, e altera a Lei nº 10.184, de 12 de fevereiro de 2001, que dispõe sobre a concessão de financiamento vinculado à exportação de bens ou serviços nacionais. O PL, que dá mais transparência às diretrizes para o financiamento do BNDES à exportação de serviços, segue em tramitação na Câmara dos Deputados.
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