Os pedidos do ONE e da Hapag-Lloyd para os navios ultragrandes ilustram muito bem como a entrada de pedidos atuais é restrita, observa o CEO da SeaIntelligence, Lars Jensen, observando que o pedido combinado de ambas as companhias marítimas de 12 navios de 23-24.000 TEUs não é por si só um sinal de pressa para obter excesso de capacidade, apesar do tamanho dos navios.
É muito provável, diz ele, que esses navios sejam usados na rota Ásia-Europa, mas que impacto isso terá? O maior impacto possível será se eles forem usados para criar um serviço completamente novo. Nesse sentido, Jensen destaca que a criação de um novo serviço aumentaria aproximadamente a capacidade semanal da THE Alliance em pouco menos de 12%. Mas a entrega não é antes de 2023/24, o que significa que enquanto o volume da THE Alliance aumentar 3,8% ao ano, a injeção dessa capacidade em si não será um problema.
De acordo com Jensen, se o crescimento do volume for menor, a THE Alliance poderia escolher escalonar os grandes navios da cadeia existente e então enviar em cascata seus navios de 13.000 TEU para, digamos, o Pacífico. Nesse caso, o crescimento médio anual necessário na rota Ásia-Europa para absorver novas construções seria de apenas 1,6% ao ano.
“As linhas de contêineres claramente têm um histórico de tropeçar em si mesmas quando há um ciclo de alta por excesso de estoque, mas por enquanto não há indicação de que isso esteja acontecendo (ainda)”, assume o analista
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