quarta-feira, 6 de março de 2019

Terminal do Grupo Maersk, construído em ilha artificial, na Costa Rica, atenderá mercados da Ásia e Europa


          O terminal de contêineres Moin, inaugurado no último fim de semana na Costa Rica, vai atender aos mercados da Europa e da Ásia, possibilitando a circulação de produtos em rotas transatlânticas sem transbordo. Com a nova conexão do Moin Container Terminal, localizado em Limón, o grupo Maersk ampliou sua capacidade permitindo que a empresa atenda seus clientes com serviços E2E integrados em transporte e logística. O projeto custou US$ 1 bilhão, e aumentará em até 285% as rotas marítimas que chegam ao terminal Moin, administrado pela APM Terminals. 
          O projeto foi construído em uma ilha artificial de 40 hectares, com um píer de 650 metros de comprimento e um pátio de contêineres com capacidade para armazenar 26.000 teus, incluindo conexão para 3.800 contêineres refrigerados. A configuração, segundo a APM, permitirá ao terminal atender aos negócios da Costa Rica, país que atualmente é um dos maiores exportadores mundiais de abacaxi e o terceiro maior exportador de bananas.
          Seis guindastes de pórtico e guindastes de 29 jardas representam investimento de US$ 110 milhões e permitirão ao terminal realizar média de 180 movimentos por hora de carga e descarga, de forma ininterrupta. Segundo a APM Terminals, esses padrões de eficiência permitirão redução significativa no tempo de serviço dos navios, de 40 horas (tempo médio nas outras docas) para 15 horas. O terminal conta ainda com um dos escâneres mais modernos da América Latina para inspeções de carga.
           A APM Terminals também investiu no treinamento de uma equipe de operadores e técnicos em outros portos administrados no exterior e com alto tráfego de contêineres, em países como: Egito, Brasil e Marrocos. Atualmente, a APM possui rede portuária com mais de 169 terminais portuários e serviços intermodais em 56 países. O Moin inicia as operações com 650 funcionários, a maioria treinada por meio de acordo com o Instituto Nacional de Aprendizagem (INA, em espanhol).
          Um estudo de impacto socioeconômico, validado pela Academia Centro-Americana, destacou que o maior potencial está na geração de 147 mil empregos indiretos na década seguinte em todo o país. A APM Terminals contribuirá com taxa de 7,5% de seu lucro líquido para o conselho de administração de portos e desenvolvimento econômico do Caribe (Japdeva, em espanhol), o que representa US$ 20 milhões por ano. A região poderá captar porcentagem mais alta de navios que transitam pelo Canal do Panamá.
          A empresa acredita que o empreendimento promoverá a geração de empregos e fortalecimento do comércio inter-regional. Na avaliação da APM, o Moin Container Terminal posicionará o país da América Central como número 1 em conectividade. "Estamos inaugurando uma nova era no comércio internacional e inter-regional da América Central", declarou Morten H. Engelstoft, CEO da APM Terminals. 

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