A
economia brasileira deve crescer 1,9% este ano. Essa é a previsão para o
Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos pelo
país, divulgada nesta quarta-feira (6) pela Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). A estimativa é menor do que a divulgada
pela organização em
novembro do ano passado, que foi de 2,1%. Para 2020, a OCDE manteve a previsão
de expansão em 2,4%.
Apesar da redução na estimativa, de
acordo com a entidade, uma recuperação moderada da economia está em curso no
Brasil. “Maior confiança das empresas, menor incerteza política, inflação baixa
e melhora no mercado de trabalho servirão de base para a demanda interna”, diz
o relatório. Para a OCDE, a implementação bem sucedida da agenda de reformas do
novo governo, particularmente a reforma previdenciária, continua sendo
fundamental para uma retomada mais forte do crescimento.
Em 2018, o PIB fechou com crescimento acumulado
de 1,1% em relação ao ano anterior. O PIB também fechou 2017 com expansão
de 1,1%, mas nos dois anos anteriores registrou queda: 3,3% em 2016 e 3,5% em
2015. A projeção da OCDE está abaixo da expectativa do mercado brasileiro. De
acordo com o último boletim Focus, do Banco Central, a estimativa
para a expansão do PIB é de 2,48% para este ano e 2,65% para 2020.
De acordo com a OCDE, a economia mundial também
continua perdendo força, por isso houve redução da estimativa de crescimento
para 3,3% em 2019 e 3,4% no próximo ano. Em novembro, a organização previa
expansão de 3,5% tanto neste ano quanto em 2020. As perspectivas econômicas são
mais fracas em quase todos os países do G20 (grupo que reúne as 20 maiores
economias do mundo), em especial na zona do euro, nomeadamente a Alemanha e a
Itália, bem como para o Reino Unido, o Canadá e a Turquia. A OCDE identifica a
desaceleração chinesa e europeia, bem como o enfraquecimento do comércio
global, como os principais fatores que pesam sobre a economia mundial.
“Vulnerabilidades oriundas da China e
enfraquecimento da economia europeia, combinadas com uma desaceleração do
comércio e da indústria global, alta incerteza política e riscos nos mercados
financeiros, poderiam minar o crescimento forte e sustentável no médio prazo em
todo o mundo”, diz a entidade. A entidade alerta ainda que novas restrições
comerciais e incerteza políticas podem trazer efeitos adversos adicionais ao
crescimento global.
Nenhum comentário:
Postar um comentário