A crise no setor automobilístico no Brasil, que
levou a Ford a anunciar o fechamento da montadora em São Bernardo do Campo
(SP), também respingou na General Motors que reduziu o número de escalas de
navios para importações de veículos no Porto de Itajaí neste início de ano. De
quatro atracações previstas para janeiro e fevereiro, foi realizada apenas uma.
O contrato firmado entre a montadora
e o terminal prevê escalas quinzenais. Nem a empresa, nem a operadora
comentaram o assunto. Segundo fontes do setor, a quantidade de veículos
compensou o menor número de atracações (foram mais carros de uma só vez), e que
há expectativa de que o volume de importações normalize a partir deste mês. No
relatório de escalas previstas para março, divulgado pela Superintendência do
Porto de Itajaí, há previsão de movimentação de veículos na sexta-feira e no
sábado.
Os veículos que chegam ao Porto de
Itajaí, vindos de montadoras na Argentina, México e Estados Unidos, abastecem
concessionárias no Sul e no Sudeste do país. São veículos mais caros da marca,
como as SUV Equinox, Tracker e a linha Cruze. Nos últimos meses, os pátios
contratados pela montadora para manter os veículos permaneceram lotados – o que
indica uma menor velocidade de escoamento. O balanço financeiro divulgado pela
empresa em fevereiro mostrou que, na Argentina e no Brasil, a montadora
registrou perdas em 2018. Os dois países enfrentam crise econômica.
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