quinta-feira, 28 de março de 2019

Autoridade do Canal do Panamá licita área de carga refrigerada que interessa o Chile, Peru e Equador


          A ACP (Autoridade del Canal de Panamá) pretende licitar nos próximos meses a construção da Área Logística de Carga Seca (ALCS), em 55 hectares, perto da Ponte Centenario, no setor norte do projeto do Parque Logístico. Este é uma das obras mais ambiciosas previstas para os 1.200 hectares destinados a diversificação dos negócios da Rota Interoceanica, segundo a publicação Capital Financiero.
          A confirmação foi feita pelo administrador da ACP, Jorge Luís Quijano. Ele explicou que a ALCS terá acesso ao recém inaugurado Corredor Logístico do Canal (CLC), uma rodovia de 7,7 km que conecta a entrada da Área Econômica Especial Panamá-Pacífico com o Porto de Rodman, operado pela PSA Panamá e a Ponte Centenário. Dali também é possível chegar aos portos do Atlântico, usando a Autopista Panamá-Colón.
          A ALCS será a primeira fase do projeto a ser licitada. A segunda etapa será a construção de uma Área Logística de Carga Refrigerada de 30 hectares, objetivando criar um cluster de 85 hectares que permitirá o estabelecimento de indústrias de apoio. “As ares logísticas de carga seca e fria darão vida ao cluster e permitirá complementar seus serviços, além de compartilhar e reduzir os custos como acontece no Porto de Roterdâm, na Holanda”, comparou Quijano.
          Segundo o executivo, os 30 he da Área Logística de Carga Refrigerada tem gerado interesse em países como Chile, Peru e Equador, que são grandes exportadores de alimentos 3 frutas. Essas áreas formam parte do Parque Industrial do Setor Norte, de 689 hectares, que estará ligada às 374 he reservadas para a construção do quarto jogo de eclusas e que em conjunto com as 137 he da área Sul, onde se planeja construir um porto de carga Ro-Ro e um terminal de Gás Natural Líquio (GNL), constituirão as 1.200 he do Parque Logístico do Canal do Panamá.
          A Estrategia Logística Nacional do Panamá  2030 (ELNP) destaca que o grande eixo da Oferta-País de Valor, o Hub da Zona Interoceânica, é um dos espaços de maior valor estratégico da região, Mas também um dos mais complexos, já que há uma elevada concorrência de operadores, instituições, processos e funções, com grande dificuldade para a integração. Na Zona Interoceânica se condensa o “câmbio de modelo de negócio” no Panamá que, a partir de agora, deve ser um projeto de país e todos os atores devem intervir de uma forma coordenada e corresponsável, disse Quijano.
          O dirigente lembrou que o Panamá, na última edição do Foro Econômico Mundial, no item Competitividade, foi destacado como líder regional em conectividade portuária e infraestrutura. Acrescentou que o Índice de Competitividade Logística do Banco Mundial, em 2018, posicionou o país em segundo lugar na América Latina e em 38º lugar em nível mundial. 


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