A ACP (Autoridade del Canal de Panamá) pretende
licitar nos próximos meses a construção da Área Logística de Carga Seca (ALCS),
em 55 hectares, perto da Ponte Centenario, no setor norte do projeto do Parque
Logístico. Este é uma das obras mais ambiciosas previstas para os 1.200
hectares destinados a diversificação dos negócios da Rota Interoceanica,
segundo a publicação Capital Financiero.
A
confirmação foi feita pelo administrador da ACP, Jorge Luís Quijano. Ele
explicou que a ALCS terá acesso ao recém inaugurado Corredor Logístico do Canal
(CLC), uma rodovia de 7,7 km que conecta a entrada da Área Econômica Especial
Panamá-Pacífico com o Porto de Rodman, operado pela PSA Panamá e a Ponte
Centenário. Dali também é possível chegar aos portos do Atlântico, usando a
Autopista Panamá-Colón.
A
ALCS será a primeira fase do projeto a ser licitada. A segunda etapa será a
construção de uma Área Logística de Carga Refrigerada de 30 hectares,
objetivando criar um cluster de 85 hectares que permitirá o estabelecimento de
indústrias de apoio. “As ares logísticas de carga seca e fria darão vida ao
cluster e permitirá complementar seus serviços, além de compartilhar e reduzir
os custos como acontece no Porto de Roterdâm, na Holanda”, comparou Quijano.
Segundo o executivo, os 30 he da Área Logística de Carga Refrigerada tem
gerado interesse em países como Chile, Peru e Equador, que são grandes
exportadores de alimentos 3 frutas. Essas áreas formam parte do Parque
Industrial do Setor Norte, de 689 hectares, que estará ligada às 374 he
reservadas para a construção do quarto jogo de eclusas e que em conjunto com as
137 he da área Sul, onde se planeja construir um porto de carga Ro-Ro e um
terminal de Gás Natural Líquio (GNL), constituirão as 1.200 he do Parque
Logístico do Canal do Panamá.
A
Estrategia Logística Nacional do Panamá
2030 (ELNP) destaca que o grande eixo da Oferta-País de Valor, o Hub da
Zona Interoceânica, é um dos espaços de maior valor estratégico da região, Mas
também um dos mais complexos, já que há uma elevada concorrência de operadores,
instituições, processos e funções, com grande dificuldade para a integração. Na
Zona Interoceânica se condensa o “câmbio de modelo de negócio” no Panamá que, a
partir de agora, deve ser um projeto de país e todos os atores devem intervir
de uma forma coordenada e corresponsável, disse Quijano.
O
dirigente lembrou que o Panamá, na última edição do Foro Econômico Mundial, no
item Competitividade, foi destacado como líder regional em conectividade
portuária e infraestrutura. Acrescentou que o Índice de Competitividade
Logística do Banco Mundial, em 2018, posicionou o país em segundo lugar na
América Latina e em 38º lugar em nível mundial.
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