A Açu
Petróleo, joint venture entre a Prumo Logística e a alemã Oiltanking, assinou
contrato com a Petrobras de dois anos, prorrogável por igual período, que prevê
o transbordo de 48 milhões de barris de petróleo no Porto do Açu, em São João
da Barra, norte do Estado do Rio, disse o presidente da companhia de serviços,
Victor Bomfim. Segundo ele, a operação de transbordo é realizada pelo operador
Oiltanking, em área abrigada por quebra-mar.
A operação conta com dois navios
atracados, ambos cercados por barreiras de contenção, o que minimiza o risco de
impacto para o meio ambiente em caso de eventual problema na operação. Para
Bomfim, a iniciativa da Petrobras de fechar um acordo inédito com a Açu
Petróleo, na semana passada, ocorre enquanto o país se prepara para ver grande
crescimento das exportações nos próximos anos.
“Esse movimento da Petrobras está de alguma
forma conectado ao momento que o Brasil está vivendo em termos de produção de
petróleo e exportação”, disse Bomfim, destacando que o país exporta hoje cerca
de 1 milhão de barris de petróleo por dia, volume que poderá triplicar em até
dez anos, com grande participação da estatal.
No ano passado, foram movimentados no
terminal da Açu Petróleo em média cerca de 100 mil barris por dia e a
expectativa é dobrar em 2019, segundo o executivo, que não revelou os termos do
contrato com a empresa, que deve ajudar na exportação da crescente produção do
pré-sal. “O Brasil peca por não ter infraestrutura necessária para atender esse
aumento, e aí que a Açu Petróleo está se posicionando em ser uma alternativa,”
disse.
Com 25 metros de profundidade, o
terminal da Açu Petróleo, chamado T-OIL, é o único terminal privado brasileiro
com capacidade para receber navios da classe VLCC, que tem capacidade de
armazenamento de até 2 milhões de barris de óleo, de acordo com informações da
empresa, que também já presta serviço para outras grandes petroleiras.
Na última semana, a Açu Petróleo
assinou também contrato com a norueguesa Equinor para a realização de operações
de transbordo no terminal. Com duração de 36 meses, o contrato prevê escoar, a
partir de janeiro de 2020, principalmente o petróleo produzido no campo de
Roncador.
A Açu Petróleo já tinha contratos com
outras grandes petroleiras com atuação no Brasil: a anglo-holandesa Shell
—maior produtora de óleo e gás no Brasil depois da Petrobras— e a portuguesa
Galp, outra grande parceira da petroleira brasileira no pré-sal. O terminal tem
capacidade e é licenciado para movimentar até 1,2 milhão de barris de
petróleo/dia, segundo Bomfim. “Hoje a gente tem ainda bastante disponibilidade
para atrair mais clientes ou mais volumes desses clientes que já estão lá no
terminal. Está crescendo rápido”, disse o executivo.
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