sexta-feira, 15 de março de 2019

Porto do Itaqui descarta privatização e quer expandir cargas de exportação


          A administração do Porto do Itaqui (MA) anunciou a construção de um novo berço de atracação e de uma moega ferroviária que, juntos, possibilitarão a descarga de 9 mil toneladas de grão por hora no Porto do Itaqui (MA). A medida foi confirmada depois que, na sexta-feira (8), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, em visita ao Estado, ter descartado boatos sobre a privatização do porto.
          A contratação de obras e equipamentos deve começar no começo deste ano e a execução está prevista para o primeiro semestre do ano que vem. O novo berço, que funcionará em conjunto com o já existente, demandará também a aquisição de um novo shiploader. A segunda moega ferroviária permitirá a descarga de oito vagões simultaneamente.
          Com as mudanças desta segunda fase, a expectativa é que o Tegram receba 80% do volume pelo modal ferroviário e os 20% restantes pelo modal rodoviário. A proposta de passar de 5,4 milhões de toneladas exportadas ao ano para 12 milhões em 2020 foi apresentada pelo Consórcio Itaqui-Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) em agosto de 2018. O anúncio refere-se somente da segunda fase do processo.
          Em visita ao estado, o Ministro Freitas citou oito portos do Brasil que estariam dentro do plano de privatizações do Governo Bolsonaro. A justificativa é, segundo ele, que esses portos não teriam recursos para pagar sequer a folha pessoal. O Itaqui não é um deles, visto que em 2017 alcançou o pódio na exportação do país.
          Foram mais de 150 mi de toneladas exportadas do porto maranhense, o que consolidou o pódio do Arco Norte na exportação de milho e soja. Em seguida, está o Porto de Vitória, com aproximadamente 100 mi de toneladas. O maior receptor do produto do Maranhão é a China. Os levantamentos foram feitos pela Antac (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).
          Durante a estadia de Freitas, o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão (PRB), apontou problemas que podem dificultar a atividade no âmbito rodoviário. Na época do escoamento de grãos, são 2 mil carretas diárias que percorrem mais de 3 mil quilômetros de rodovias federais. Destas, nem todas asfaltadas e com graves problemas no asfalto causados pelas chuvas. Estas e outras situações foram expostas. Brandão ressaltou ao Ministro o fato de o Maranhão ter ficado com apenas 1/3 do orçamento do Ministério, em comparação com os outros Estados do Nordeste.

Nenhum comentário:

Postar um comentário