A
administração do Porto do Itaqui (MA) anunciou a construção de um novo berço de
atracação e de uma moega ferroviária que, juntos, possibilitarão a descarga de
9 mil toneladas de grão por hora no Porto do Itaqui (MA). A medida foi
confirmada depois que, na sexta-feira (8), o ministro da Infraestrutura,
Tarcísio Freitas, em visita ao Estado, ter descartado boatos sobre a
privatização do porto.
A contratação de obras e equipamentos
deve começar no começo deste ano e a execução está prevista para o primeiro
semestre do ano que vem. O novo berço, que funcionará em conjunto com o já
existente, demandará também a aquisição de um novo shiploader. A segunda moega
ferroviária permitirá a descarga de oito vagões simultaneamente.
Com as mudanças desta segunda fase, a
expectativa é que o Tegram receba 80% do volume pelo modal ferroviário e os 20%
restantes pelo modal rodoviário. A proposta de passar de 5,4 milhões de
toneladas exportadas ao ano para 12 milhões em 2020 foi apresentada pelo
Consórcio Itaqui-Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) em agosto de 2018. O
anúncio refere-se somente da segunda fase do processo.
Em visita ao estado, o Ministro
Freitas citou oito portos do Brasil que estariam dentro do plano de
privatizações do Governo Bolsonaro. A justificativa é, segundo ele, que esses
portos não teriam recursos para pagar sequer a folha pessoal. O Itaqui não é um
deles, visto que em 2017 alcançou o pódio na exportação do país.
Foram mais de 150 mi de toneladas
exportadas do porto maranhense, o que consolidou o pódio do Arco Norte na
exportação de milho e soja. Em seguida, está o Porto de Vitória, com
aproximadamente 100 mi de toneladas. O maior receptor do produto do Maranhão é
a China. Os levantamentos foram feitos pela Antac (Agência Nacional de
Transportes Aquaviários).
Durante a estadia de Freitas, o
vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão (PRB), apontou problemas que podem
dificultar a atividade no âmbito rodoviário. Na época do escoamento de grãos,
são 2 mil carretas diárias que percorrem mais de 3 mil quilômetros de rodovias
federais. Destas, nem todas asfaltadas e com graves problemas no asfalto
causados pelas chuvas. Estas e outras situações foram expostas. Brandão
ressaltou ao Ministro o fato de o Maranhão ter ficado com apenas 1/3 do
orçamento do Ministério, em comparação com os outros Estados do Nordeste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário