quinta-feira, 21 de março de 2019

Codesp quer alcançar equilíbrio financeiro, modernizar gestão e licitar novas áreas


          A nova diretoria da Autoridade Portuária de Santos (Codesp), há um mês no comando do maior complexo portuário da América Latina, traçou um plano de ação para sanear a empresa e tornar o porto o mais eficiente do país. Anunciou que as prioridades são conceder serviços à iniciativa privada; realizar novos leilões de áreas via outorga onerosa; modernizar a gestão; e reduzir custos.
          A companhia conta hoje com 1,3 mil funcionários diretos e 900 indiretos. O plano da diretoria-executiva é reduzir em 50% esse total nos próximos dois anos, dado que muitos funcionários já estão em idade de série se aposentar. A busca do equilíbrio financeiro da companhia virá de uma série de ações já definidas. Entre elas, a concessão à iniciativa privada de serviços tradicionalmente realizados direta ou indiretamente pela companhia, mas que apresentam problemas e geram custos elevados.
          Serão concedidos três pacotes em contratos válidos por 35 anos. São eles: o canal de navegação (dragagem, balizamento, monitoramento ambiental e sistema eletrônico de controle do tráfego de embarcações); acessos terrestres, como a operação e manutenção das avenidas perimetrais de Santos e Guarujá e novos investimentos em peras, desvios e pátios ferroviários; e os serviços de utilities (energia, água e esgoto e resíduos sólidos).
          “O objetivo desses contratos é garantir disponibilidade e elevar o nível de serviço para os usuários - do armador, aos operadores, passando pelos donos de carga. Foco na eficiência”, diz o diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos, Casemiro Tércio Carvalho. Em outra frente, a companhia prepara o lançamento dos editais dos leilões de quatro áreas a serem arrendadas ainda neste ano, com investimento estimado em R$ 485 milhões, além da outorga a ser paga pelo vencedor. São áreas que estão hoje em uma dessas situações: contrato vencido, mas a operação continua via medida judicial; contrato de transição (instrumento firmado após o fim do contrato e válido somente até o novo arrendatário assumir), ou sem uso.
          O STS 10, no cais do Saboó, será um terminal para carga geral com movimentação mínima para celulose. A área hoje é dividida entre terminais da Rodrimar, Deicmar e uma parte do Ecoporto. O investimento aproximado é de R$ 50 milhões.
          O STS 13A será uma instalação para granéis líquidos na Ilha Barnabé. A área está hoje sem operação, após fim do contrato com a Vopak. O investimento aproximado é de R$ 115 milhões.
          O STS 20 será relicitado em outras bases, após uma tentativa no ano passado em que não houve proposta. Será um terminal para granel mineral. O lote hoje é ocupado pela Pérola. O investimento aproximado é de R$ 220 milhões.
          Finalmente, os terminais 14 e 15 serão “empacotados” em uma só instalação para movimentação de granel mineral. As áreas hoje são ocupadas pela Fibria (que está com contrato de transição) e Rodrimar (medida judicial). O investimento aproximado é de R$ 100 milhões.

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