“Ele ficou bastante impressionado de ver o café robusta no Cerrado. O Brasil é muito conhecido como produtor do café arábica, mas cada vez mais o café robusta ganha expressão no Brasil. É um café muito importante para se fazer o café solúvel, cafés de alta qualidade e de alto valor no mercado”, disse Lopes após o encontro.

O interesse de Naruhito se justifica. Afinal, a Embrapa teve, sobretudo nas décadas de 70 e 80, uma forte parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jaica). Com essa parceria, foi possível, por exemplo, avançar nas pesquisas de correção do solo ácido do Cerrado. Com conhecimento técnico e equipamentos japoneses, a Embrapa conseguiu plantar com sucesso soja, café, milho, algodão, dentre outras culturas.
“Nós recebemos equipamentos muito importantes num momento em que era difícil estruturar e montar laboratórios. A cooperação japonesa teve um papel muito importante no desenvolvimento dessa unidade”, disse Lopes. “Parcerias, como a Embrapa - Jaica ajudaram o Brasil a transformar seus solos, grandes extensões de solos pobres e ácidos, em solos férteis. Ajudou a tropicalizar cultivos e também no desenvolvimento de práticas sustentáveis”, completou.
Além disso, Naruhito foi presidente honorário do Conselho Consultivo da Secretaria-Geral das Nações Unidas sobre água e saneamento. Ele será palestrante do painel Água e Desastres, amanhã (19), no 8º Fórum Mundial da Água. Em sua visita ao Brasil também estão previstos um almoço e uma reunião bilateral com o presidente Michel Temer.
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