segunda-feira, 3 de abril de 2017

Impacto das restrições às exportações de carnes começa a ser superado pelos armadores e terminais

         O impacto das restrições às exportações das carnes brasileiras foi pontual na logística marítimo-portuária e já começa a se dissipar, com a retomada das importações de uma série de países nos últimos dias. A avaliação foi feita por importantes empresas do setor. Líder nos tráfegos que envolvem o Brasil, o armador alemão Hamburg Süd teve, até aqui, um saldo de 156 contêineres com um mix de carnes cancelados ou reprogramados para navios futuros. É menos de 10% do volume que a companhia de navegação carrega por semana.
         "Os embarques estão voltando ao normal", relatou o diretor-superintendente da Hamburg Süd no Brasil, Julian Thomas. A companhia é a terceira maior em transporte de cargas refrigeradas, como carnes, nos tráfegos do Brasil. No mundo, registrou receita de US$ 6,7 bilhões em 2015, último dado disponível, alta de 16,7% sobre o exercício anterior.
         Nos portos do Sul do Brasil, por onde é embarcada a maior parte das carne bovina e de frango, houve acúmulo de contêineres. O TCP, terminal de contêineres de Paranaguá, no Estado do Paraná, foi um dos que mais sentiram.
         O segmento de cargas refrigeradas corresponde a 25% do total das operações globais realizadas pelo terminal. Desse volume, 11% são cargas provenientes de importação ou direcionadas ao mercado interno. Procurada, a empresa disse que, de seus clientes, "apenas três foram citados na operação da PF, sendo que os outros 25 clientes que também atuam com carga refrigerada não foram afetados". Informou ainda, por nota, que não é possível calcular de forma exata os impactos da operação aos seus negócios.
         "Entretanto, a porcentagem de empresas envolvidas nas denúncias é pequena se levado em consideração o número de clientes que utilizam o Terminal de Contêineres de Paranaguá para importar ou exportar cargas refrigeradas". A empresa também ressaltou que, passadas quase duas semanas do ocorrido, e após os esclarecimentos do segmento e do Ministério da Agricultura, grande parte da movimentação inicialmente afetada vem sendo "paulatinamente retomada".

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