A diversificação que permitiu ao Brasil despontar como maior
exportador mundial de uma variedade de produtos agrícolas também ajuda a
Allog International Transport a apostar na movimentação de pellets de
madeira para América do Norte e Europa. A carga começou a ser
movimentada pela empresa em setembro do ano passado. Como é considerado
um produto sazonal, o volume de negócios vai depender do inverno dos
países importadores e de empresas que estão trocando combustíveis
fosseis por energias renováveis alternativas.
A União Européia é o maior mercado de consumo de pellet de madeira,
conforme o Instituto Brasileiro das Indústrias de Pellets, Biomassa e
Briquete (IBP). Em 2012, consumiu cerca de 14 milhões de toneladas do
material. O consumo europeu de pellets deverá triplicar até 2020 e
alguns especialistas acreditam que o mercado aumente para 80 milhões de
toneladas em três anos.
A maior parte das indústrias brasileiras deste combustível renovável
está localizada na região centro-sul do País, onde há grandes áreas de
reflorestamento e fartura de resíduos que podem ser aproveitados no
processo de compactação. Os embarques realizados pela Allog - empresa
com know how na movimentação de madeiras e aproximação com as produtoras
de pellets - acontecem principalmente nos terminais portuários do Sul e
Sudeste, entre eles a Portonave e Itapoá, ambos em Santa Catarina.
Atualmente, várias formas de tratamento e reciclagem de subprodutos da
madeira são empregadas em projetos que atendem não só a necessidade de
tratamento como também a produção e geração de energia, um fenômeno
inevitável em qualquer atividade ligada à produção. Diante deste
cenário, importantes empresas deste setor que apresentam soluções
práticas para reutilização de resíduos estarão reunidas no Centro Sul,
em Florianópolis, de 25 a 27 de abril durante a 6ª edição da Feira
Biomassa e Bioenergia
A produção de pellets é feita de produtos da compressão de uma
biomassa previamente seca e pulverizada com o objetivo de reduzir suas
dimensões e concentrar o poder calorífico inerente. Pode possuir vários
formatos, sendo o cilíndrico o mais comum com diâmetro entre 6 e 10 mm e
comprimento entre 20 e 50 mm. Qualquer biomassa disponível pode ser
pelletizada, mas as mais utilizadas são resíduos de indústria
(serrarias, laminadoras, entre outros); madeira de reflorestamento ou
nativa e palhada ou bagaço de cana de açúcar.
O resultado é uma matéria 100% natural, com um elevado poder
calorífico - estima-se que 3 vezes mais que a lenha normal. Não são
usados restos de madeira com resíduos de colas tintas ou vernizes. Além
disso, é uma fonte de energia importante e sua utilização contribui para
a diminuição das emissões do CO2 na atmosfera e na eliminação dos
desperdícios contínuos de subprodutos das indústrias madeireiras e das
agroindústrias. Ele é de importância particular em países desenvolvidos,
sendo muito utilizados nos países da Europa e nos EUA.
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