quinta-feira, 6 de abril de 2017

Complexo de Suape lança edital para estudos de viabilidade do Tecon 2

         A administração do Complexo Industrial Portuário de Suape, com a autonomia na gestão recuperada, lançou nesta semana o edital para atualizar o projeto para viabilizar os Estudos de Viabilidade Técnica e Econômico-Financeira do Tecon 2, que será o segundo terminal de conteiner do complexo. Seguindo o cronograma, a estimativa é licitar para a obra já no primeiro semestre de 2018. A construção do Tecon 2 prevê investimentos de R$ 1 bilhão do setor privado, escalonados em cinco anos.
         O estudo de Pernambuco vai atualizar as informações do antigo projeto, em elaboração em 2012 e travado em 2013 depois que a Secretaria dos Portos assumiu a frente da gestão dos portos do Brasil. Em um mês, serão abertas as propostas e seis meses depois, anunciada a vencedora. Em operação, o terminal pode movimentar até 1 milhão de teus. A diretoria do complexo já realiza visitas a empresas que operam terminais em outros portos e apura como viabilizar um ambiente de negócio atrativo e com baixo risco.
         O vencedor da licitação para o estudo terá 90 dias, prorrogáveis por igual período, após a assinatura da Ordem de Autorização de Serviços para entregar os estudos. O termo de referência e o edital estão disponíveis no endereço eletrônico www.compras.pe.gov.br. Os estudos serão desenvolvidos em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística( EPL), vinculados ao Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do Governo Federal.
         De acordo com o presidente de Suape, Marcos Baptista, O Tecon 2 será instalado numa área com 900 metros de cais (com 2 berços para atracação) e com uma retroárea de 250 mil m2, com possibilidade de expansão da área. "A lei dos portos tirou a autonomia do estado de licitar desde 2013 e o que tínhamos em andamento vai precisar ser atualizado. Agora, que a gestão voltou a ser de nossa responsabilidade, o Tecon 2 é o nosso foco e onde estamos depositando energia com mais força", garante, citando que o primeito terminal de conteineres do complexo movimenta 700 mil teus por ano.
         Ainda de acordo com Baptista, o trabalho é "vender" Suape com a vocação que ele tem, de ser um Hub Port de características singulares. "Nenhum outro porto tem as condições de Suape. Capacidade de armazenamento, localização, margem de expansão...As empresas entendem isso", pontua. Por sua vez, o momento de incertezas da economia gera insegurança ao setor privado, segundo o presidente.
         "Estamos fazendo reuniões com empresas, como a Libra (que opera terminal em Santos), escritórios de armadores (transportadores de carga) e percebemos o interesse e que todos têm clareza das qualidades de Suape, mas que o momento não dá a segurança para um aporte desse tamanho. Entendemos que o privado não pode se sacrificar e estamos ouvindo para trabalhar em criar condições para que os riscos sejam mitigados e que o contrato seja um bom negócio para ambos", ressaltou.
         Em 2016, Suape movimentou 4,7 milhões de toneladas de cargas conteinerizadas, ficando em primeiro lugar entre os portos do Norte/Nordeste. No ranking nacional, foi o 4º porto com maior movimentação de contêineres. Na movimentação geral portuária, bateu o recorde atingindo 22,7 milhões de toneladas de cargas em 2016, um crescimento de 15% em relação a 2015 e ocupando o 5º lugar entre os portos públicos do país.

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